sábado, 30 de junho de 2007

Tranquilidade


Ou o que hoje os meus olhos conseguem ver...

A lua de ontem

E para que não restem dúvidas, ontem a lua estava assim: grande, redonda, cheia, intensa e amarela. E não é falsa a visão das faces bem juntinhas em trocas afectuosas. A lua é absolutamente inspiradora e quando está cheia... dá azo a todos os sonhos, todos os devaneios :-)

sexta-feira, 29 de junho de 2007

http://www.youtube.com/watch?v=YDRId6QmNTA

Nú Barreto (GB) e Ideias Emergentes

A Ideias Emergentes apresenta no Porto o trabalho de Nú Barreto, artista guineense radicado em Paris. A exposição constrói-se em torno de três instalações, sendo que uma delas (I Have a Dream) esteve patente na última edição da Dak'Art - Bienal de Arte Africana Contemporânea e as outras duas (Histoire de Passage e África Frustrada) serão apresentadas ao público pela primeira vez. Estas obras, duas das quais em vídeo, são representativas do seu mais recente trabalho e demonstrativas da sua aproximação a novos media.
A obra do artista, embora muito politizada, nunca abandona um registo emotivo; é um trabalho impossível fora da experiência pessoal da diáspora africana. Vive num espaço de humor amargo, da contradição de um sucesso que habita um espaço de abandono. Os trabalhos de Nú Barreto, tendo como paradigma a Guiné-Bissau, consubstanciam o tema da saudade com o da desilusão e crítica à situação geopolítica contemporânea.
Em L'Âme Sensible recuperamos o tema da ambiguidade cultural, que tem vindo a marcar o discurso sobre a produção artística e intelectual que caracteriza a Diáspora africana tanto na Europa como na América. Embora a fragmentação identitária, o recurso às raízes como tema e a capacidade de distância à linguagem que adoptam, tanto na produção de discurso como de trabalho acabem por diluir-se, hoje, na própria especificidade da condição pós-moderna, condição de um (primeiro) mundo globalizado mas fragmentado, onde o exílio e o desenraizamento entraram nos nossos quotidianos cosmopolitas. A cultura ocidental produziu uma figura de homem pan-global, projecção de flexibilidade de um mundo centrado no indivíduo e nas paixões liberais do capitalismo contemporâneo. Nesta recente conjuntura, aquele que vive o exílio mas tem a percepção de ter chegado a ele através de uma violência (económica, física, política, etc), que na grande maioria dos casos é duplicada pelas dificuldades de legalização nos países de destino, e pelo que isso tem como consequência no que seria uma normal dificuldade de adaptação a um contexto diferente, vive uma experiência identitária dissociada, tantas vezes recusado e/ou discriminado transporta também nele o que talvez seja a essência mais depurada do contemporâneo, um ser dividido (mesmo nesta dicotomia) entre um passado perdido (uma recusa) e um presente desintegrado (ser a imagem de um ideal contemporâneo, poliglota, multi-cultural, miscigenado e desenraizado).
Para mais informaçóes, sugere-se uma consulta ao site Ideias Emergentes

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Novos portais do INE e do CSE

As equipas do Instituto Nacional de Estatística e do Conselho Superior de Estatística, esta última coordenada, nestes trabalhos de actualização, pela "minha mana do meio" (que tem trabalhado afinadamente no site lutando contra o tempo) estão de PARABÉNS!!!!
O novo portal do Instituto Nacional de Estatística (INE) foi ontem apresentado. Além de ter uma imagem renovada, apresenta novas funcionalidades para o utilizador, tais como a possibilidade/vantagem de podermos seleccionar cruzamento de dados a partir de variáveis escolhidas.
Também o
portal do Conselho Superior de Estatística (CSE) tem site com imagem renovada, e bonita diga-se, sendo possível consultar documentos vários, tanto actuais como mais antigos, e efectuar downloads dos mesmos. O site está bem organizado e é de fácil acesso e consulta.
Por se tratar de dois instrumentos de grande actualidade, de importância para todos os que se dedicam à investigação e à ciência, mas também por ter interesse público, recomenda-se a consulta e a divulgação.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Sons e Visões de ÁFRICA


Mostra de cinema documental no Cinema S. Jorge em Lisboa: ÁFRICA FESTIVAL entre 3 e 8 e Julho (para visualização do programa, clicar em cima das imagens)

domingo, 24 de junho de 2007

Pensão Central em Bissau

A Pensão Central é, para mim, um local de culto quando estou em Bissau. Além de ver e rever a D. Berta (Avó Berta), a simpatia personificada e uma das figuras mais emblemáticas do País, dou-me ao luxo de saborear paladares deliciosos que resultam de uma preparação cuidada e esmerada. O mestre é o Aires que também serve à mesa com tal atenção que, se houver regresso no dia seguinte, retem o que bebemos e o que não comemos.
E depois é reconfortante perceber que algumas coisas boas desta vida nunca mudam. A Pensão Central está praticamente igual ao que era há 12 anos quando fui à Guiné-Bissau pela primeiríssima vez.
A tranquilidade reina e o local é absolutamente inspirador pelo que é impensável ir almoçar, jantar ou simplesmente beber uma coca cola sem o caderno e a caneta que me acompanham em permanência durante as missões ou as viagens.
Há coisas boas nesta vida e uma delas é a Pensão Central (Av. Amílcar Cabral, Tf. 201232), bem ao lado da Catedral, perto da Residencial Coimbra, ali no centro de Bissau, tão próximo de Bissau Velho e do Porto.

sábado, 23 de junho de 2007

Impressões II

O tempo começa a mudar um pouco, devagar tal como acontece por aqui com qualquer mudança. Há tempo para isso e do tempo se vive. O vento, quente e aos repelões, já se sente fazendo lembrar que as chuvas estão quase, quase aí. No norte o calor era quase insuportável e em algumas horas a sensação era de destilação pura e simples e a pouca água disponível ajudava a agravar a ideia de sauna permanente. Mas aqui, e apesar de tudo, corre um vento, aragem que alivia o calor mas que levanta a poeira, um dos meus principais inimigos em solo guineense. Lá em cima ainda havia o cheiro a caju, forte, intenso e permanente, entontecedor e quase inebriante, mas produzindo em mim um efeito contrário, o de uma alergia galopante na pele e na respiração: eczema e espirros imparáveis... e a dificuldade respiratória a anunciar a sua chegada...

Escrito em 17/5/2007, Pensão Cetral (Avó/D. Berta), Bissau

Impressões

Ele poderia ter olhos azuis. Tudo na sua cara indiciaria que os olhos eram azuis. De um azul profundo, escuro, brilhante e intenso. Mas à medida que os olhares se cruzaram foi-se apercebendo que afinal eram castanhos, escuros e igualmente intensos, com uma expressão profunda e irradiando brilho. Afinal não se enganara completamente. Os atributos que reconhecera naquela cara estavam lá contidos, o único aspecto que não correspondia era a cor. Aquele jovem homem moreno emanava magnetismo e parecia ali colocado de propósito para a gravação de uma cena de um qualquer filme passado numa capital dos trópicos. E movia-se consciente de que a sua simples presença a transportava para outros mundos e outras paragens...

 

Escrito em 17/05/2007, Pensão Central (Avó/D. Berta), Bissau

 

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Saudade

A SAUDADE é qualquer coisa muito física. É um sentimento que, quando existe e é verdadeiro, se percebe no olhar das pessoas. Mais do que nas palavras...

 

Livro: "O Preço da Sombra, Sobrevivência e reprodução social entre famílias de Maputo"

"Numa época em que as imagens de Africa, outrora exóticas, dos espaços virgens e dos mistérios das savanas e das selvas profundas, foram substituídas no imaginário dos ocidentais por estereótipos de pobreza, exclusão social, corrupção, guerra e violência, este livro revela-nos outras realidades, bem mais complexas e bem mais próximas de nós. Falando de famílias que vivem na periferia de Maputo e procurando saber como vivem e de que vivem, Ana Bénard da Costa penetra no interior dos seres humanos e nas suas relações sociais. Falando de outras famílias, Ana Bénard da Costa fala-nos também das nossas famílias e de questões universais que se relacionam com afectos, interesses, reciprocidades, oportunismo, identidades, religião, economia e de como tudo isso se interrelaciona num processo complexo e pleno de contradições nesta era de mudanças rápidas e de globalização." (anabenard@netcabo.pt)

Ana Bénard da Costa é antropóloga, doutorada em Estudos Africanos Interdisciplinares em Ciências Sociais pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), investigadora no Instituto de Investigação Cientifica Tropical (IICT) e professora no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA). Actualmente desenvolve investigações sobre Dinâmicas de mudança social em famílias moçambicanas. Publicou entre outros os seguintes artigos: “As crenças, os nomes e as terras: dinâmicas identitárias de famílias na periferia de Maputo”. (Etnográfica. vol.VII, nº2); “Género e poder nas famílias da periferia de Maputo” (Lusotopie, Vol.12, Nº 1-2) "Urban and Rural: Circulation and Mobility in Families on the Periphery of Maputo" (Lusotopie, 13, 1). Urbanos e rurais: circulação e mobilidade nas famílias da periferia de Maputo.

World Bank Research Highlights 2006

Para quem se dedica à investigação sobre a problemática do desenvolvimento, o “Development Research Group” do Banco Mundial publicou o Research Highlights 2006, que apresenta e descreve os principais temas analisados. O relatório, que é um bom instrumento para pesquisas, está disponível para download em formato PDF e HTML, e faculta os contactos dos autores dos estudos
temáticos referenciados.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

RECOMENDADO: Os Fidalgos


Se há representação teatral que merece ser vista e apreciada, a peça “Namanha Makbunhe está no topo das prioridades. Está muito bem representada, a encenação revela um trabalho cuidado, sério e rigoroso, os cenários são mais do que adequados e o guarda roupa e os acessórios foram escolhido com pormenor. No Teatro da Trindade assiste-se a 1h50 de intenso enredo, a partir da adaptação de Macbeth de Shaskespear à realidade guineense, transportando-nos até ao centro de uma tabanca bem perto da floresta.


“A vida é uma história contada por um parvo” onde as sombras ganham formas diferentes e a dicotomia entre o bem e o mal está presente em tudo e em quase todos os humanos. A acção é intercalada por um narrador acompanhado por um tocador de “kora” que também canta com um sorriso interminável que só os felizes conseguem fazer. E assim vamos vivendo um pouco da história que passa para além do palco porque nela conseguimos rever alguns momentos e situações.


Os FIDALGOS da Guiné-Bissau estão de parabéns pelo profissionalismo e excelente desempenho. Pena que não tenha havido uma divulgação alargada sobre este evento cultural que marca a lusofonia. Para quem tiver possibilidade de assistir a esta representação, recomendo-a fortemente: até dia 1 de Julho de 2007, às 4ª e sábado às 21h30 e domingo à tarde, no Teatro da Trindade em Lisboa. Imperdível!


segunda-feira, 18 de junho de 2007

Cansaço acumulado II

Sinceramente, mesmo muito sinceramente, não percebo o que se passa comigo. Às 10h da noite tenho a sensação que me caiu um bloco de cimento com 45 toneladas em cima. E estou pronta para uma longa noite de sono que se espera descansada. E até é, só que no dia seguinte, à mesma hora, a sensação volta...

 

domingo, 17 de junho de 2007

Cansaço acumulado...

Hoje foi um daqueles raríssimos dias em que passei a tarde a dormir. E soube-me maravilhosamente!!!

 

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Os Fidalgos (GB) no Teatro Trindade

O Grupo cénico guineense Os Fidalgos representa, no Teatro da Trindade em Lisboa, a peça Namanha Makbunhe, adaptada do clássico de William Shakespeare, Macbeth, com encenação de Andrzej Kowalski para o contexto da Guiné-Bissau.
A vertigem pelo poder que leva à traição e ao assassinato com todo o rol de intriga e vingança numa espiral crescente de violência, são recriados nesta peça de teatro de uma beleza impar e representada por um grupo de jovens actores guineenses que começam a fazer história e a colocar a Guiné-Bissau na rota de uma arte, o teatro, até há bem pouco tempo desconhecida no país. (foto e texto disponibilizados por Carlos Schwarz da ONGD
AD - Acção para o Desenvolvimento)

Até ao dia 1 de Julho, todas as quartas-feiras e sábados, às 21h30 e, aos domingos, às 16h30.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Seminário Internacional «Comunidades de Investigação, Aprendizagens e Intervenção»

(para melhor visualização, clicar em cima da imagem ou consultar o site)
CABO VERDE - PRAIA, 24 a 26 de Julho
Encontros lusófonos promovidos por “NEREA Investiga” em parceria com entidades nacionais nomeadamente o Instituto Superior de Educação e o Instituto Pedagógico e a ADAD, pretendem criar espaços de aprendizagem e de intervenção entre actores locais e parceiros com vista ao desenvolvimento de projectos de cooperação ao nível institucional por actores da sociedade civil. Este programa prevê, como resultados, o desenvolvimento de projectos por parte de organismos públicos, universidades, escolas, ONG’s pretendendo levar os diferentes actores sociais a pensar e participar da solução dos problemas e do processo de desenvolvimento dos objectivos do milénio em colaboração com os respectivos Governos e Administração Local. Os conceitos da cidadania e de sociedades sustentáveis pretendem ser trabalhados neste encontro para que os respectivos participantes possam desenvolver projectos de melhoria contínua da qualidade de vida das populações com quem trabalham, por meio de compromissos sócio-ambiental, proporcionados por um programa de educação inter, multi e transdisciplinar em articulação entre a administração e sociedade civil. A partir deste encontro pretende-se que estejam criadas condições para que os participantes possam dar seguimento a parcerias através do desenvolvimento de projectos no âmbito da Educação, Ambiente e Sociedade.

Objectivos: Promover a cooperação entre actores educativos da comunidade luso-galaica capacitando-os para actuar activamente na construção da sustentabilidade local; Disponibilizar instrumentos e materiais pedagógicos que facilitem ao professor a sua tarefa de educação com relevância para o desenvolvimento da cidadania num contexto multicultural; Promover a responsabilidade sócio-ambiental tendo como referência os problemas ambientais globais e as suas interligações nos níveis regional e local; Contribuir para a formação teórico-prática e em metodologias participativas promotoras da Educação Ambiental; Promover a correlação entre os problemas diagnosticados ao nível local, regional, mundial e as Metas do Milénio das Nações Unidas, aprovadas por todos os países para serem atingidas em 2015, colocando os participantes em posição de proporem soluções; e de acompanharem, de forma activa e participativa, as iniciativas que se desenvolvam nesse âmbito; Capacitar os educadores para o exercício de suas actividades de forma a possibilitar a consecução dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio; Promover, no contexto da comunidade educativa, novas formas de governança através de metodologias participativas e de decisão democrática enquadradas pelos princípios da Agenda21 em articulação com os princípios e valores da Carta da Terra e com os objectivos e finalidades da Declaração de Tiblisi; Promover a divulgação de projectos e troca de experiências pedagógicas na área da Educação Ambiental, Cooperação e Desenvolvimento, Participação Social.

domingo, 10 de junho de 2007

Ocean's 13

Ontem fui ao cinema, o que para mim é sempre motivo de grande satisfação. O filme é divertido qb e fez-me viajar para mundos para mim desconhecidos e distantes: da burla e da vigarice pura; do crime ligado ao jogo-, da vingança associada à benfeitoria. Além de tudo o mais, é hora de meia de regalo para os olhos femininos já que os encantos são visíveis e a diversidade faz a regra.
Pois o meu preferido é o GC porque reúne múltiplos atributos: enche o écran para apreciadoras do estilo como eu; no filme chama-se OCEAN.

sábado, 2 de junho de 2007

A não perder

O filme promocional do I CONGRESSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DOS PAÍSES LUSÓFONOS E GALICIA
(pode ser visualizado clicando na imagem do menu à direita)

E...

Para completar a felicidade, lá fora, bem alto, está uma lua cheia magnífica, de cor intensa, muito amarela J. A lua, sempre a lua, a fazer-me sentir eu, e muito bem!!!

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...