Um blog sobre a vida. Ilusões e sonhos, venturas, algumas desventuras, muitas realizações com a frustração necessária para alcançar o desejo da felicidade. Uma vida que se pretende feliz e preenchida por vivências sentidas. por Brígida Rocha Brito
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Levitando
Fica o registo de uma que não sai da secretária à conta do muito trabalho (o que é bom!). Teclo e traduzo, insiro e revejo, emendo e reinsiro. E volto a reler...
Nesta fase estou tipo "zombie" e prestes a levitar... só que sem parapente!!! :-)
domingo, 27 de agosto de 2006
2 anos...
A vida tem destas coisas e os blogs também. Esquecia-me que, por esta altura, este cantinho faz 24 meses de existência. Passou-me... foi no dia 24 de Agosto que tudo começou, no ano de 2004, lembrando e recordando dias passados, emoções bem guardadas, sentimentos escondidos e que foram sendo revelados, umas vezes, pouco a pouco e, outras vezes, em catadupa. E ainda... outras vezes escondidos e enterrados para jamais repescar. E depois vieram os relatos, as histórias que foram sendo intercaladas com tantas e tantas outras coisas que a vida foi oferecendo. Ter um blog é uma festa e a interiorização é tão grande que nos esquecemos dos marcos, das datas. E, nem parece meu, mas a verdade é que reconheço que, às vezes, os rituais passam a rotinas... E se não fosse a Chuinga a recordar-me, eu jamais me lembraria. Além do mais, o KITANDA do Cacusso também anda em festa: nasceu uma semana antes do África de Todos os Sonhos. Obrigada Chuinguita e Parabéns Cacusso!!!
No norte da Guiné Bissau: o isolamento em Varela
Mais inacreditável não podia ser. A notícia é dada pelo Jorge Neto no Africanidades. Do que se trata? África, isolamento comunitário, ausência de infraestruturas e irresponsabilidade pelo modo ligeiro com que a vida é vista. Vale a pena ler e mais ainda... ver a imagem. E sobretudo desejar que muitos conheçam a notícia para que, o mais breve possível, a ponte possa ser reconstruída.
quarta-feira, 23 de agosto de 2006
Telemóveis
Sou cada vez menos adepta do aparelhómetro que facilita as comunicações entre uns e outros. E, sempre que vejo/oiço alguém a falar entusiasticamente pelo quadradinho emissor de raios, dou comigo a pensar: - mas porque será que a maioria das pessoas grita a falar no telemóvel? Não percebo se estão surdas, se têm medo que os outros não as oiçam como deve de ser ou simplesmente porque se esquecem que estão a ser ouvidas, passando a ser alvo de interesse alheio e perdendo a privacidade. É fantástico como gesticulam a discutir ou a explicar qualquer coisa, como se quem as estivesse a ouvir passasse, de imediato, a percebê-las melhor... E quando se apercebem que estão a ser ouvidas, porque é muito bom aproveitar o tempo para observar os outros tentando perceber como vivem, quem são, o que fazem e o que querem da vida, ficam furiosas como se tivéssemos entrado nas suas vidas, não porque elas as expuseram em demasia, mas por nossa vontade própria... A vida humana é fantástica e os telemóveis na vida de cada um... magníficos!!!
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
Alturas
Até podia ser um post sobre montanhas, mas não. É mesmo sobre alturas, fases, épocas. Podia até dizer que há dias, mas já o tenho dito tantas e tantas vezes que não tarda estou a repetir-me, apesar de ser verdade. Pois bem, há alturas em que o miolo se esgota, parece que mirra até, quiçá do calor ou do arrefecimento repentino. Ou simplesmente do stress. Quem diria que em pleno Agosto há quem se sinta stressado... quando a maioria está de férias e na descontra. Pois eu... sinto-me! E muito, por sinal. E em alturas como esta, o miolo resiste e bloqueia, recusa-se a pensar mais do que deve, faz greve à racionalidade e deixa-se embalar pelo morninho do dia e das ternas recordações. Há alturas em que, apesar de tudo e do que mais seja, ou venha, é bom sentir o tempo passar, devagar devagarinho, leve leve e sem pressas, sem angústias e sem pressões. E principalmente ter consciência disso!!!
MEC em Blog, ou sociologicamente escrevendo
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
A vida por uma mochila...
Estava a trabalhar quando ouvi a informação através do noticiário e a minha incredulidade revoltada fez-me parar e pesquisar. Afinal, o que ouvi é mesmo verdade. Não é novidade para ninguém, mas é revoltante e inacreditável como as acções criminosas continuam, de dia para dia agravadas, naquele país que se diz doce, afável, tolerante e infinitas coisas mais! A notícia segue e traduz a insegurança que se continua a viver no Brasil, principalmente quando se trata de turistas. Dá vontade de gritar: BRASIL... PARA QUE VOS QUERO...?! Neste caso houve a triste troca de uma vida por uma mochila: uma vida no começo e uma mochila que não valeu o esforço, nem do que lutou por ela, nem do que a desejou acima de qualquer outra coisa...
Parabéns Naide Gomes
sexta-feira, 11 de agosto de 2006
Jornal d'África 2
Complexos portugueses limitam investimentos” é o título do artigo de opinião do colega Eugénio Costa Almeida sobre as relações Portugal-África Lusófona. Parabéns Eugénio pela coragem tão bem traduzida nas palavras expressas!
Jornal d'África 1
O Público de hoje (11 de Agosto de 2006) inclui um caderno intitulado “JORNAL D’ÁFRICA” (obrigada Eugénio pela informação enviada ontem) e que por certo é do interesse de todos. O tema de capa e “Tema Destaque” é “Girassol contra a Malária” e a frase de apresentação do texto “Planta milagrosa é usada em São Tomé e Príncipe para combater a doença que mais mata em África. Investigadores portugueses tentam saber porquê. Jorge Atouguia lamenta falta de apoios”. O texto, com fotografias, está nas páginas 2 a 4.
No interior do caderno, o título é “A planta salvadora” – Investigadores portugueses trabalham com uma espécie de girassol em São Tomé e Príncipe, que pode curar a Malária. E no conteúdo, encontramos informações interessantes, desde a prevenção até acções que estão em curso para arranjar financiamento.
Vale a pena ler.
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
Um Orgulho Nacional chamado Obikwelu
Poucos tinham ouvido falar em Obikwelu até ao dia em que, nos meios de comunicação social, foi referido como um africano de nascimento e português de adopção que corre que nem uma gazela e que, no final das corridas, abre a bandeira nacional com o orgulho que muitos de nós tantas vezes gostaríamos de ter. Ele é um dos nossos orgulhos de Portugal no meio desportivo e hoje, sempre que ele corre vestido de verde e vermelho, não há, por certo, quem não esteja a torcer para que ele ultrapasse todos os limites ao tirar os pés do chão. Força Obikwelu!!!
No Chuinga, tem foto, valores e tudo!!!
domingo, 6 de agosto de 2006
Escaldão...
Equívocos e risadas
A avó tem uma infinita paciência para o moço, de tal forma que brinca com ele aos leões quando está em terreno sólido e aos golfinhos quando o meio é aquático. Uma das tias brinca, e fala com ele, como se tivesse a mesma idade, ou seja aos pulos, aos chapões “bomba” e às corridas para ver quem nada mais depressa. A outra faz de cavalo no meio da piscina de água salgada, com ele nas cavalitas, a dizer “anda cavalinho”. É um espectáculo certamente lindo de se ver porque ao olhar para as bordas e cadeiras em volta, as caras apresentam um sorriso divertido, dando a sensação que a hora do sono ficará para mais tarde porque, na verdade, é impossível descansar com aquele quarteto por perto. Uma das tias, a mais nova, refila com a outra porque, em certas ocasiões, ela parece bem mais nova do que a criança, fazendo mais barulho e alarido.
A dada altura, e enquanto a tia mais séria descansava um pouco, o mocinho pega no telemóvel e começa a disparar fotografias, dizendo com um ar satisfeito da sua obra “Gi, ficaste muita gira”, e guarda o telemóvel no saco. Ela sorri e fecha de novo os olhos até que o telemóvel começa a tocar. Ela atende com voz ensonada, vê que é um amigo com quem faz alguma cerimónia, e ouve do outro lado da linha: “então, está na praia?”. Ela responde “é como se estivesse, estou na piscina”. E ele com uma voz que ela não lhe reconhece diz “Ah... e está a meter-se comigo, não é?”. Bem, não é que ele seja um estafermo completo, mas não fazem o género um do outro, além dele ter o requisito da inviabilidade: é casadíssimo, pai de prole em crescimento, e ela não está nada virada para confusões. Como é hábito, ela respondeu com um ar indignado e irritado “EU...?! Era só o que me faltava realmente. Meter-me consigo, pois sim! Mas porquê?”. E de imediato ouve como resposta “Porque acabou de me enviar uma foto sua, em que só aparece a cara e o peito e eu não percebi se estava a meter-se comigo”. Ela só teve mesmo tempo de dizer que “Não não não, foi o meu sobrinho que esteve a brincar com o telemóvel, a tirar fotografias e deve ter enviado para si”. E enquanto ela se desfazia em explicações com um ar constrangedor, já sentada e gesticulando, a outra tia, a avó e o fotografo desfaziam-se em gargalhadas, tão sonoras que eram audíveis do outro lado da linha.
Pois querem um conselho??? Não deixem crianças de 6 anos e meio brincar com os vossos telemóveis porque só sai disparate...
sábado, 5 de agosto de 2006
AO MEU PAI
Pela generosidade;
Pela dedicação incondicional;
Pelo amor e amizade demonstrados para com Todos;
Pela confiança que sempre depositava nos Outros, acreditando que qualquer Homem, independentemente de quem fosse, tinha algo de bom no seu interior;
Pela capacidade e boa vontade permanente em ajudar.
Mas principalmente por me ter ensinado que, todos os dias, podemos fazer mais e melhor, por nós próprios e pelos outros. Porque cada dia, cada hora, cada minuto e cada segundo são irrepetíveis.
Hoje, a minha Homenagem é para uma GRANDE PESSOA, o Mais Fantástico de Todos os Homens.
quinta-feira, 3 de agosto de 2006
Ai eu...
Boa Notícia
Os programas “Na Roça com os Tachos”, da RTP (2, África e Internacional), animados pelo João Carlos Silva, e que beneficiam da imagem e do som do Kalu Mendes, foram editados em DVD. Agora já podemos ver e rever imagens de uma África de Sonho: o magnífico arquipélago de São Tomé e Príncipe. E mais... podemos aprender e relembrar como se fazem as melhores receitas, que aliam a inovação à tradição. E depois... ah... depois, deliciarmo-nos com os sabores enquanto ouvimos os sons e vimos as cores do arco-iris...
Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis
Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...
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Estou rouca, quase afónica. Se podia ser uma vantagem por permitir não falar, este estado acaba por ser um verdadeiro suplício quando o pr...
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Depois de ter regressado a Lisboa, após a minha última incursão a São Tomé, não há dia em que não me lembre das maravilhas do arquipélago, d...