terça-feira, 31 de outubro de 2006

Chuingando

O Chuinga faz dois anos. Quem diria... o tempo passa, voa, sei lá eu o que acontece com ele. Na verdade não parece. É que este é um dos espaços da net por onde sabe bem passar, ler e aproveitar palavra a palavra. E que possamos desfrutar de muitos mais anos, CHUINGANDO!!!

Coragem

Ir ao cinema ver um filme infantil é revigorante, além de ser uma actividade pedagógica, tanto para crianças como para adultos. Hoje foi a tarde da “Barafunda na Quinta” e a mensagem que foi reforçada, para lá da linguagem dos afectos traduzida em amizade e amor, foi acerca de um valor muito importante, a coragem:

Um homem forte é o que se defende a si próprio; um homem corajoso é o que defende os outros”.

domingo, 29 de outubro de 2006

Turbilhão de sensações

É bom sentir algo de novo, algo de velho, qualquer coisa quente dentro de nós. É doce, terno, morno, aconchegante, calmante, mas também excitante... Querer pensar e não conseguir. Rir e chorar, ao mesmo tempo. Sentir e deixar ir, deslizar, deixar-nos levar pela onda da emoção. Atração? Pode ser, ou talvez não...

Hora de Inverno

Definitivamente a hora mudou e a noite chegou mais cedo, tal como o entardecer e as tonalidades rosadas do céu. Também claramente começo a sentir os sinais do Outono, relembrando os ares quentes e húmidos dos trópicos. A tarde foi passada a rever “África Minha” e a relembrar venturas e aventuras vividas numa terra de sonho, que alguns tentaram transformar em pesadelo.

 

sábado, 28 de outubro de 2006

Sonhos

De vez em quando é saboroso fechar os olhos e, nas trevasm dizermos a nós próprios: "sou feiticeira e quando abrir os olhos, verei o Mundo que criei e pelo qual só eu sou absolutamente responsável". Então, lentamente, as pálpebras abrem-se como o pano dum palco e lá está o nosso Mundo, tal e qual o construímos...
Escrito em Fevereiro 1988

Um dia...

escrevi a alguém que não me respondeu,
telefonei a alguém que não me atendeu,
falei com alguém que não me ouviu,
sorri a alguém que não me viu,
pensei em alguém que nem existiu...
E ainda assim, duvidei se estaria só...
Escrito em Fevereiro 1988

Crescer...

Crianças somos todos nós! Brincamos, sonhamos, vivemos num mundo de ilusão. Rimos por nada, choramos por pouco, como se tudo não passasse de um jogo imparável de ganhar ou perder. Apenas mais um brinquedo para, depois de usado, vir outro. E outro, e outro ainda. De repente acordamos e percebemos que crescemos sem darmos conta. E o nosso mundo da infância, tão alegre e divertido, acaba por ruir num ápice...
Escrito em Fevereiro de 1988

Desprezo

Quem nos pode garantir que, por mais conceituados que hoje sejamos, não possamos amanhã ser mais miseráveis e merecedores de desprezo do que aqueles que hoje desprezamos...?

Escrito em 12-05-1985 e sentido hoje como actual!!!!

 

Pensamentos difusos

Olho através da minha janela e penso que amanhã nascerá um novo dia. Cada dia que nasce desperta uma nova esperança: é preciso corrigir o que está errado, é preciso completar o que está incompleto; é preciso iniciar o que nunca teve um começo... Olho através da minha janela e penso que...

(13-01-1987)

 

Reminiscências do Passado

Os dias da minha vida são como os grãos de areia caídos da tua mão. Tal como na tua mão, na minha memória restam apenas alguns grãos do passado que, uma vez no chão, se misturam e não mais conseguirei encontrá-los. Com o tempo, os pouco grãos de areia guardados perder-se-ão...

(20-01-1987)

Vontades e realidades

Nós queremos sempre modificar o Mundo, transformá-lo de acordo com a imagem da perfeição idealizada. Só que ele está, de tal forma, demasiado construído que não chegamos a alterar nem um quarto do que gostaríamos de ver diferente...

(01-01-1987)

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

No aproveitar é que está o ganho...

Não se trata de dinheiro ou simplesmente de oportunidades, mas sim de tempo! Pode pensar-se que uma coisa vai dar à outra, e talvez até seja verdade. Hoje, ensonada como quase sempre quando me levanto bem cedo, ao entrar no comboio, sentei-me num daqueles grupos de quatro lugares, com vontade de descansar os olhos e relembrar a estrutura da aula que se aproximava. Mas não consegui... é que mesmo à minha frente seguia uma rapariga que, pela aparência, se aproximava a passos largos da idade adulta, e pintava os olhos meticulosamente e cheia de concentração. Dito assim não parece nada de especial, mas visto foi absolutamente surrealista. Eram 8 da manhã, mais coisa menos coisa, o comboio chocalhava por todo o lado, o que quando dá para dormir serve de embalo, mas convenhamos que pintar os olhos com lápis e rímel num comboio cheio é um verdadeiro feito! Eu lá vim completamente siderada, a tentar decifrar a técnica. É que, na verdade, eu não me pinto, salvo em ocasiões muitíssimo excepcionais, e quando isso acontece demoro horas para não ficar tipo palhaço. E mesmo assim a obra tem de ser feita em solo bem firme para não ficar borrada, e reconheço que o resultado aproxima-se do desejado com muita dificuldade!!! Agora, tentar fazer isto tudo numa viagem de comboio, bem cedo, seria a melhor forma de ficar tipo morcego em pleno voo. A esta rapariga-senhora bastaram duas estações sem parar – íamos num rápido – para ficar com uma aparência perfeita. De seguida, guardou os materiais e tirou o Dest@k da mala, abriu e começou a ler, com a maior das naturalidades. Fantástico, pensei. Afinal, pode fazer-se quase tudo num comboio rápido. O que interessa é aproveitar o tempo ao segundo, fazendo tudo o que não se conseguiu fazer antes.

Estalagem Pantufo, São Tomé e Príncipe

A antiga residencial Argentimôa no Pantufo, na cidade de São Tomé, tem com nova gestão, tendo também mudado de nome. Agora chama-se ESTALAGEM PANTUFO e está a ser gerida pela jornalisra e empresária Conceição Valério. Tem 6 quartos, 2 restaurantes e sala de reuniões. As tarifas de quarto, incluindo pequeno almoço, são de 45€ para o individual e 50€ para o duplo. Dispõe de facilidades de internet, transferes e aluguer de viatura.
Fica na Estrada do Pantufo, São Tomé. O contacto é +239221941 ou por e-mail

Projecto NATCULTURA, São Tomé e Príncipe

Fotografias de NORA RIZZO (projecto NATCULTURA), Diogo Vaz, São Tomé e Príncipe

A Nora Rizzo está de parabéns pelo esforço e persistência que tem revelado para dar continuidade ao projecto educativo de NATCULTURA
, em Diogo Vaz.
As notícias são as seguintes:
- A Escola de Campo tem desenvolvido a sua acção junto de crianças desde há 4 anos, contando com o apoio directo de todos os que se dispõem a colaborar com o apadrinhamento de crianças, subsidiando a sua formação.
- No dia 5 de Novembro, a Escola de Ofícios iniciará actividade, sendo um projecto ambicioso, para o qual não falta a coragem e o entusiasmo da coordenadora do Projecto e de todos os que a têm apoiado. Mas requer apoio.
- Ao longo do tempo foram alfabetizados e formados 30 jovens em diferentes áreas, podendo dizer-se que 10 alunos são independentes economicamente, 6 jovens geram benefícios económicos que permitem suportar a maioria dos gastos da casa onde residem; o acesso a medicamentos foi facilitado; 1 jovem acedeu a um crédito para melhorar a produção de artesanato, tendo já pago todas as prestações do credito.
Em 2006/2007 será iniciada a formação em ofícios com cursos de pedreiro, canalizador e carpinteiro, com aulas teóricas e práticas, permitindo, além de estudarem, contribuir para a reabilitação arquitectónica. Serão também criados animais (galinhas patos e coelhos) , transformados produtos agrícolas e prosseguida a iniciativa de turismo solidário. Será dada continuidade à actividade agrícola, à padaria, á apicultura, ao artesanato, à música, ao salão de beleza, á costura e ao desporto.
Contudo, o sistema de apoio sofreu alteração, não se recorrendo ao apadrinhamento directo de crianças. Os apoios são fundamentais para a continuidade das acções programadas, mas os apoios serão canalizados para o apadrinhamento da escola ou uma parte da escola (padaria, cozinha, salão de beleza, ...)
Para mais informações, contactar
Nora Rizzo

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Impactos Ambientais da Exploração Petrolífera (AD Guiné BIssau)

A todos os que se preocupam com os efeitos ambientais decorrentes da exploração petrolífera, o exemplo da Guiné Bissau revela-se muito interessante.
Na página da AD (Acção para o Desenvolvimento) relativa à Guiné Bissau, na secção Informações encontram materiais actualizados acerca de:
1. Dossier Petróleo “Petróleo, boa governação e desenvolvimento sustentável
2. ”Resoluções do Seminário de Planificação Estratégica do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP)
A FOTO é da AD

Palavras para quê...?!

“Há cérebros de 3 espécies: os que compreendem as coisas por si próprios; os que compreendem quando lhas ensinam; os que nem por si mesmos nem por ensinamentos doutrem compreendem nada. A primeira é muito excelente, a segunda excelente e a terceira inútil”.

Maquiavel in “O Príncipe”

 

Sobre a arte de imitar

“Os homens caminham quase sempre por sendas abertas por outros. Orientam os seus feitos pela imitação e nunca conseguem percorrer o verdadeiro caminho dos primeiros, nem alcançar a virtude daqueles que imitam."

Maquiavel in “O Príncipe”

Ser senhor de si ou, por oposto, libertino

“Na alma do homem há como que uma parte melhor e outra pior; quando a melhor por natureza domina a pior, chama-se a isso «ser senhor de si» - o que é um elogio, sem dúvida; porém, quando devido a uma má educação ou companhia, a parte melhor, sendo mais pequena, é dominada pela superabundância da pior, a tal expressão censura o facto como coisa vergonhosa, e chama ao homem que se encontra nessa situação escravo de si mesmo e libertino”

Platão in A República, Livro IV, 431b

 

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Intolerâncias

Na verdade, depois de pensar muito, além da MENTIRA, da MESQUINHEZ e da INTRIGA, não suporto mesmo a COBARDIA. Sou completamente intolerante e intransigente... É superior a mim...!

 

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Diversidade na confusão ou visão péssimista da vida social

Pensar na vida social pode ser um exercício de aprendizagem fantástico, principalmente quando recorremos a situações concretas, que passam mesmo à frente dos nossos olhos, para exemplificar o que acabámos de apreender. Então, o exercício tem poder cumulativo e passa, com a maior das facilidades, de exercício prático a teste.

1. Há pessoas com uma infinita capacidade para se meterem em confusões. Quase poderíamos dizer que as procuram e, se não pudessem conviver no emaranhado de problemazinhos, não saberiam como subsistir num Mundo onde, com uma inacreditável rapidez, as situações mais simples se transformam numa infinitude de complexidade.

2. Há pessoas que fogem dos problemas e dos conflitos mas, para sua grande infelicidade, não há confusão com que não se cruzem. Procuram viver na tranquilidade e na pacatez, de acordo com valores e princípios apreendidos, interiorizados e alimentados durante décadas, mas a vida prega-lhes partidas de quando em vez, acabando por se aproximar sempre das pessoas erradas no pior momento possível. Erradas não por terem um risco em cima mas porque estão tão imbuídas de “má onda”, como hoje se diz, que tudo o que façam resulta mal.

3. Há pessoas que se sentem à margem da confusão, evitam os problemas, fogem dos conflitos, simplesmente procuram passar despercebidas e não notadas, mas só porque existem são enredadas em teias de situações complexas.

4. Há pessoas que criam confusões porque gostam e querem fazer parte delas.

5. Há pessoas que têm como passatempo favorito criar confusões na vida dos outros como se de marionetas se tratasse. Limitam-se a criar a estória, redigem as “deixas”, determinam o protagonismo de cada marioneta e mexem os cordelinhos para que o final seja conforme planearam. Mas jamais intervêm directamente na acção, divertindo-se simplesmente com o desenrolar do argumento.

Notícias

do I Encontro de Educação e Turismo Ambientais no blog SETISFEITOS (SETA), que é a fonte desta foto. Da esquerda para a direita:
- Fernando Louro Alves da SETA (Educação Ambiental através do Turismo Ambiental para um Desenvolvimento Sustentável)
- a moderadora Ana Paula da SETA,
- Rute Candeias da Naturanima (A experiência de Educação Ambiental da Naturanima)
- E eu (A experiência africana de Turismo Ambiental rumo ao desenvolvimento Sustentável)

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Sobre a essência da vida em sociedade

Já diziam os gregos, povo sábio e conhecedor da melhor forma de viver e de procurar o estado da felicidade, que, na vida, há três coisas de que jamais nos devemos esquecer, se quisermos ter uma existência tranquila e próxima do bem estar: o ETHOS, o PATHOS, e o LOGOS. Ou seja, a ÉTICA, os AFECTOS (afectividade) e a RAZÃO (racionalidade). A bem dizer da verdade, estes três requisitos devem fazer-se acompanhar uns pelos outros, o que significa dizer que nos é atribuída a capacidade, e a sabedoria, de encontrar a fórmula perfeita para uma óptima (perfeita) conjugação.

PLÁGIO!

Espanto... mais do que completo. Hoje recebi um mail a dar-me indicação que um site italiano tem textos literalmente copiados e fotografias roubadas de outros sites, de São Tomé. Copiados e roubados são os termos, simplesmente porque o autor, que eu infelizmente conheci e que diz ter cordialidade comigo (NOTA-SE...!!!), não colocou qualquer referência a autores, de texto e de fotografias, nem colocou um link para o blog de onde as roubou.

Fica a notícia: no site italiano do Latitude Zero, o dinamizador (dono?), de seu nome Flavio, colocou fotografias sem autorização dos autores e sem indicação da autoria. É roubo, é plágio e não é ético! Tenho dito e fica denunciado! As fotografias que ilustram o site italiano, com objectivos turísticos, foram registadas em contexto de caminhadas a pé, de observação, de confraternização, em que o autor do site (Flávio) não participou, não tendo pedido autorização para utilizar estas fotografias. Os autores das fotos, obtidas em momentos diferentes, são: Brígida Rocha Brito; António Ferreira de Sousa; Pedro Norton de Matos; Décio Lopes; Carlos Rosa. Pois isto não me parece coisa de bem, antes pelo contrário.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Ah pois era...

“Eu gostava de olhar para ti e dizer-te que és uma luz que me acende à noite, me guia de dia e seduz.

Eu gostava de ser como tu, não ter asas e poder voar, ter o céu como fundo, ir ao fim do Mundo e voltar.

Eu não sei o que me aconteceu, foi feitiço, o que é que me deu? Para gostar tanto assim de alguém como tu.

Eu gostava que olhasses para mim e sentisses que sou o teu mar, mergulhasses sem medo, um olhar em segredo, só para eu te abraçar.

Eu não sei o que me aconteceu, foi feitiço, o que é que me deu? Para gostar tanto assim de alguém como tu.

O primeiro impulso é sempre mais justo, é mais verdadeiro e o primeiro susto dá voltas e voltas na volta redonda de um beijo profundo...

Eu não sei o que me aconteceu, foi feitiço, o que é que me deu? Para gostar tanto assim de alguém como tu.”

André Sardet

Duplas interpretações

Há frases que podem ser absolutamente inspiradoras, se bem que, na génese, traduzam uma mensagem ingénua. Hoje peguei num caderno que estava guardado há um bom par de anos, comprado em tempos em São Tomé e Príncipe e que, vá-se lá saber porque razão, tem ficado numa prateleira sem nunca ter sido iniciado. O aspecto é o mais simples possível, de capa muito fina e sem pretensões, as folhas pouco numerosas e sem qualidade e, apesar de ter sido comprado em África, é certamente made in Taiwan, pelos símbolos e imagem que a capa contem. Apesar de ser fracote de aspecto e qualidade, quando o comprei, por certo, paguei quatro vezes o seu valor real. Efeitos do mundo globalizado, portanto. Mas o mais fantástico é que os meus olhos fugiram de imediato para uma frase que deu azo à minha fértil imaginação, fazendo-me sorrir...:“There are a lot of angels like me who would love to play with you”...

sábado, 14 de outubro de 2006

Final de tarde

Hoje está um daqueles finais de tarde em que apetece pegar na máquina fotográfica e sair por aí a registar momentos, sorrisos e paisagens. Mas aqui nem sempre é fácil fazer isso... quantas e quantas vezes já o fiz, só que, não aqui, em África!!!

 

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Ilhas

A verdade é uma, e uma só. Naquela altura não estava preparada para apreender os sinais que perversamente lhe escondiam, e que se iam revelando pouco a pouco. Foi preciso passar muito tempo para juntar as peças e compor o puzzle de uma vida passada num local distante. E o mais irónico é que foi escolha sua.

Imediatamente ao chegar, deslumbrou-se por tudo e pelo que mais houvesse: pela paisagem bela e tranquila; pelo verde intenso e reconfortante; pelo mistério do mar; pelos sorrisos abertos e pela simpatia aparente de quase todos com quem se cruzava; pela simplicidade dos modos de vida; pela descontracção e liberdade que sentia, ou que queria sentir. E contudo, ao deslumbrar-se perdeu-se, sem querer. Sem intenção. Ali a vida pareceu-lhe fácil mas, com o tempo, tornou-se difícil. Insuportável em certos dias.

Sem se dar conta, toda a sua vida viria a ficar marcada pela ligeireza com que tinha acreditado ser possível viver. E porque não poderia? A crueldade mesquinha de certas pessoas, infelizes e endurecidas, que jamais poderiam saber o que é a felicidade, teimava continuamente em demonstrar-lhe que o Mundo não tem harmonia, que as pessoas não são doces, que os príncipes não existem e que os dragões andam por aí, que os sonhos só acontecem de noite, quando invadem o estado subconsciente, e, que mesmo assim, são pesadelos insuportáveis. Para estes, a vida é pesada, dura e, só pelo facto de terem nascido, querem vingar-se de todos com quem se cruzam. São doentes, pode pensar-se, mas o que acontece é que fazem a vida dos outros num inferno porque se sentem diabos intocáveis e com poderes infinitos, sem entenderem que são tão desprezíveis que passaram há muito para a esfera da indiferença.

Aquele lugar ganhou com a partida destes seres-zinhos e hoje sei que, se o Paraíso existe e está espalhado pelo Universo, ali certamente foi criada uma delegação. É um local maravilhoso, e não há dia em que não me recorde de momentos vividos e partilhados, porque nesta Vida o que temos de melhor é aproveitar os momentos em busca da felicidade.

Não será esse um dos encantos das ilhas? A sensação de encantamento que, se não for bem entendida a tempo e horas, degenera em ilusão. Em solidão...?!

 

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Imagem de Paz

E o céu estava ali, mesmo à frente dos meus olhos, azul, claro, confiante, com umas pinceladas brancas bem espaçadas. O mar contrastava nas tonalidades. Escuro, denso e profundo, mas igualmente tranquilo. Visto daqui parecia-me mais um grande lago. Imenso e infinito. E senti-me em paz. Gosto mesmo de olhar pela janela rasgada do escritório onde passo horas e horas desta minha existência. Não me queixo, nem posso. Nem devo. Não seria justo. E só se aqui estivessem é que entenderiam o que digo. É que, se ao fundo vejo um mar fantástico e misterioso, nas proximidades quem me faz companhia é uma enorme árvore que, de ano para ano, está maior. Até parece que quer alcançar o céu e tocá-lo. Como se precisasse de ficar em paz. Mas para quê? Esta é a minha harmonia, da proximidade à distância...

 

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Actualizar é difícil... xiii!

A fase das actualizações não é fácil porque uma parte da informação arquivada acaba por se perder, o que resulta numa enorme frustração. E, com a vontade de repôr com a maior fiabilidade os links que estavam anteriormente referenciados, vou-me perdendo no tempo e nos afazeres obrigatórios. Vou regressar ao "balanço" de 2006, sob a forma de relatório de actividades e ao plano para 2007. Os que não se virem retratados nos links à direita, desculpem-me por favor, e eu vou procurar, o mais rápido possível, linká-los.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Buffff...!!!

- Qual é o pior defeito que se pode encontrar em alguém?

- A MESQUINHEZ, que vem sempre associada à mentira, ao cinismo, à depravação, à deturpação da realidade, à falta de carácter e à má formação. Requisitos para os quais já não há paciência...!!!

domingo, 8 de outubro de 2006

No fim do Mundo...?!

Deixa-me perguntar-te, mesmo sabendo que dificilmente me vais responder: No “Fim do Mundo” também está lua cheia? Uma lua redonda, luminosa e inspiradora como a que, em tempos, vimos juntos numa África distante, num sítio lindo e repleto de sedução que só poderia chamar-se de Boca do Inferno? Uma lua que se fez observadora e fiel companheira de sentimentos partilhados numa noite de sensibilidades em que os sonhos ultrapassaram a realidade? Aí, no que chamas de “Fim do Mundo”, também há luares como esse...?

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Actualização

As actualizações têm destas coisas: as ligações para os meus blogs favoritos desapareceram definitivamente... vai ser uma trabalheira recuperar toda a informação. Esta é a tarefa de fim de semana... O África de Todos os Sonhos está em actualização!!!

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Escola

Em tempos a escola era entendida como o lugar onde, nos tempos livres, se escutava os ensinamentos dos mais experientes, ou seja dos mais velhos. Era uma forma de ocupar os tempos livres, os momentos de lazer, de ócio, sendo propícia à associação entre a aprendizagem e o descanso. Não é simplesmente magnífico?

 

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

AD Guiné Bissau e novos portais

A ONG guineense Acção para o Desenvolvimento – AD – fez dois anos de presença na net. As consultas regulares ao site permitem confirmar que o trabalho de actualização tem sido uma das preocupações permanentes, informando, divulgando iniciativas, disponibilizando documentos, registos fotográficos, mapas, entre outros.

O segundo aniversário é marcado pela autonomização de portais temáticos, que facilitam a consulta por nos direccionarem para áreas específicas, além da imagem do site da AD estar renovada e muito agradável, disponibilizando por exemplo informações sobre o Projecto “Memória de Guiledge”.

Aqui ficam os links, de consulta obrigatória, que em breve passarão para secção própria:

Escola de Artes e Ofícios

Rede Nacional das Rádios Comunitárias da Guiné-Bissau

Portal da Guiné-Bissau


Reflexões via e-mail

Tantas e tantas vezes, dá-me vontade de dizer: JUST THINK ABOUT THAT!!!


segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Pessoas

Todas as pessoas são diferentes. Que bom!!! Todas as pessoas passam por experiências diferentes e, quando vivem experiências semelhantes, sentem-nas de forma própria e particular. Há pessoas que envelhecem com o passar dos anos, dos meses, dos dias e até das horas. E há outras que passam pelo tempo sem o sentir. Há pessoas que vivem, aprendem e crescem. E há outras que, por mais que vivam, continuam sempre a ser infantis. O mundo das pessoas é, na verdade, um campus muito interessante...

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...