Há uns dias alguém fazia este comentário a um post, em que eu tentava fazer um breve balanço: “Esta persistente sua saudade de África é natural ou adquirida? Pergunto, porque também sofro (?) dela.”. Eu prometi responder mas não tinha ainda encontrado tempo e espaço para o fazer de forma reflectida qb e sobretudo tranquila. Hoje também não me sobra muito tempo mas ganhei uma infinita vontade, talvez por estar com o pensamento em África por variadíssimas razões, entre as quais o trabalho que estou a desenvolver, e que é simplesmente MAGNÍFICO!!! E pelos tempos que se aproximam, de viagens e de muito trabalho em África, muito compensador do ponto de vista profissional e também pessoal.
Sinto nostalgia de África, é verdade, uma saudade dos muitos momentos de prazer, de lazer, da alegria implícita à maioria dos novos conhecimentos, da ternura e de outras emoções, umas contidas, outras retraídas e muitas exteriorizadas. Sinto vontade de repescar nos cantinhos da memória todos os momentos, até os menos bons e alguns dos maus: todos têm um significado especial para mim. África é um continente onde se vive e se sente. E a tomada de consciência de que todas as vivências nos ajudaram a ser o que somos hoje, é magnífica!
Cada sorriso teve uma razão de ser, as gargalhadas alegraram os dias e as noites, as lágrimas foram o resultado de emoções muito fortes, umas partilhadas e outras escondidas. Mas todas tiveram um simples significado: ali eu vivi! E hoje tenho a certeza da importância que aquele imenso continente, cheio de diversidade, tem para mim. Ao fim de tantos momentos, uns que quis guardar para sempre, e que, com o tempo, se revelaram pouco importantes, e outros, que quis esquecer com toda a força que tinha dentro de mim, mas que acabaram por me dar alguma maturidade e a fantástica capacidade de enfrentar as adversidades com tranquilidade.
Nas Áfricas por onde passei tive esperanças, criei expectativas, mudei de rumo e fiz opções. Aprendi muito sobre muitas e muitas coisas, sem sequer me dar conta disso. Nem sempre a aprendizagem teve que ver com turismo, ambiente ou metodologias participativas, mas antes com a enigmática natureza humana. Fiz amizades, algumas espero e creio que para a vida. Amei, mais do que devia, é certo, como quase sempre acontece quando esse sentimento surge, nem sempre sendo recíproco. Entristeci-me com as futilidades de avaliação que algumas pessoas fizeram dos outros e de mim mesma. Alegrei-me com a simplicidade do sorriso de uma criança ou de um cumprimento de um adulto, fosse homem ou mulher, que comigo se cruzava na rua a qualquer hora do dia ou da noite. Surpreendi-me e aprendi a apreciar as boas surpresas e a evitar, sempre que possível, as más.
Um dia, aqui há tempos, chamei-lhe a NOSTALÁFRICA (aqui, aqui e aqui) e hoje reforço a ideia. Não creio que esta nostalgia seja completamente natural. Sinto-a como adquirida porque, cada incursão por África cria-me novas nostalgias, das vivências passadas e das que acabaram de ser realizadas. Fui adquirindo e aprofundando este sentimento, tal como fui aprendendo a gostar cada vez mais de África. Hoje gosto do espaço e das pessoas mais do que da primeira vez que de lá vim. Mas uma coisa é certa, hoje o meu gostar de África é bem mais consciente e esta é uma grande vantagem.
Sinto nostalgia de África, é verdade, uma saudade dos muitos momentos de prazer, de lazer, da alegria implícita à maioria dos novos conhecimentos, da ternura e de outras emoções, umas contidas, outras retraídas e muitas exteriorizadas. Sinto vontade de repescar nos cantinhos da memória todos os momentos, até os menos bons e alguns dos maus: todos têm um significado especial para mim. África é um continente onde se vive e se sente. E a tomada de consciência de que todas as vivências nos ajudaram a ser o que somos hoje, é magnífica!
Cada sorriso teve uma razão de ser, as gargalhadas alegraram os dias e as noites, as lágrimas foram o resultado de emoções muito fortes, umas partilhadas e outras escondidas. Mas todas tiveram um simples significado: ali eu vivi! E hoje tenho a certeza da importância que aquele imenso continente, cheio de diversidade, tem para mim. Ao fim de tantos momentos, uns que quis guardar para sempre, e que, com o tempo, se revelaram pouco importantes, e outros, que quis esquecer com toda a força que tinha dentro de mim, mas que acabaram por me dar alguma maturidade e a fantástica capacidade de enfrentar as adversidades com tranquilidade.
Nas Áfricas por onde passei tive esperanças, criei expectativas, mudei de rumo e fiz opções. Aprendi muito sobre muitas e muitas coisas, sem sequer me dar conta disso. Nem sempre a aprendizagem teve que ver com turismo, ambiente ou metodologias participativas, mas antes com a enigmática natureza humana. Fiz amizades, algumas espero e creio que para a vida. Amei, mais do que devia, é certo, como quase sempre acontece quando esse sentimento surge, nem sempre sendo recíproco. Entristeci-me com as futilidades de avaliação que algumas pessoas fizeram dos outros e de mim mesma. Alegrei-me com a simplicidade do sorriso de uma criança ou de um cumprimento de um adulto, fosse homem ou mulher, que comigo se cruzava na rua a qualquer hora do dia ou da noite. Surpreendi-me e aprendi a apreciar as boas surpresas e a evitar, sempre que possível, as más.
Um dia, aqui há tempos, chamei-lhe a NOSTALÁFRICA (aqui, aqui e aqui) e hoje reforço a ideia. Não creio que esta nostalgia seja completamente natural. Sinto-a como adquirida porque, cada incursão por África cria-me novas nostalgias, das vivências passadas e das que acabaram de ser realizadas. Fui adquirindo e aprofundando este sentimento, tal como fui aprendendo a gostar cada vez mais de África. Hoje gosto do espaço e das pessoas mais do que da primeira vez que de lá vim. Mas uma coisa é certa, hoje o meu gostar de África é bem mais consciente e esta é uma grande vantagem.