domingo, 17 de abril de 2005

Aquela era a África que...

Aquela era a África que me fascinou e seduziu, pela qual me apaixonei e, para sempre, me deixei encantar. Ali todos os sonhos foram tornados realidade e as vivências eternizadas. Guardei-as dentro de mim, depois de as ter registado, uma a uma, nos cantinhos mais escondidos da minha memória, auxiliada por fotografias, palavras passadas para um papel, umas de forma articulada e outras nem tanto, desenhos e rabiscos, conchas e cocos envernizados por mim em momentos de tranquilidade e que aproveitei para espalhar por todo o lado por onde passo.

Hoje, longe destas Áfricas por onde fui passando e que me deixaram marcas profundas, que jamais me abandonarão, vou, de tempos a tempos, retirando as lembranças em função do que quero recordar e reviver. Houve dias bons e maus, ternos e angustiantes, aventureiros ou arriscados e monótonos, que voaram à minha frente sem que desse conta da sua passagem ou que se atrasaram, fazendo com que os minutos demorassem séculos a passar. E, na verdade, todos os momentos foram importantes para a pessoa que hoje sou porque me fizeram crescer, aprendendo de forma positiva, alegre e feliz com pessoas inesquecíveis, mas também com a tristeza das desilusões que resultam de entregas indevidas, seja no amor, na amizade ou no simples conhecimento.

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...