sábado, 27 de novembro de 2004

A Lua

Ainda me espanto comigo mesma. Eu, uma fiel admiradora do céu, de dia e de noite, do feitio das nuvens e das tonalidades do nascer e do pôr do sol, das estrelas e constelações, mas sobretudo da lua, nas diferentes fases, tomei consciência que não o observo como ele merece há muito muito tempo. E percebi isso ontem, na aula de hidroginástica, quando no final da aula a professora recomendou que não fossemos dormir sem contemplar a lua porque estava no seu auge, redonda, cheia, gorda e linda de morrer. À noite, quando levei o cão para o último passeio do dia, olhei para o céu e vi apenas a sua luminosidade porque a humidade era tão intensa que não permitia distinguir as suas formas. Em vez da lua como companheira para uma conversa introspectiva tive apenas um céu cheio de um iluminado nevoeiro.

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...