Praia Piscina, São Tomé, Agosto 2012 |
Num ou noutro dia, a sensação
foi de "déjà vu", como se algumas situações que se estavam a viver já
tivessem ocorrido. Não com estas pessoas, com outras, mas por momentos, e como
se apenas a percepção de um flash me permitisse tomar consciência do que se
estava a passar, visualizei fotografias antigas que foram sendo registadas na
minha memória. Dez, doze anos, uma eternidade que se perpetuou e que, com o
passar do tempo, me permitiu reter mais os bons momentos do que os de incerteza
e angústia. Ainda não consigo definir com exatidão se é o contexto que
determina as minhas percepções ou se, na verdade, o que tantas vezes presencio
é pura e simples realidade. Algumas histórias parecem repetir-se apesar dos contornos serem
diferentes, talvez mais difusos e menos evidentes. Ou talvez seja eu que os
defino assim. Com o regresso, a sensação de "déjà vu" não se atenuou, antes pelo contrário, talvez tenha sido mesmo reforçada. A distância em relação ao que se observa e vive ajuda a conjugar as peças que pareciam estar fora do puzzle. E vale a pena? Vale sempre a pena!