domingo, 12 de outubro de 2008

Junto ao Lago IV

Teve tempo para observar as pessoas, e apreciá-las também. Era algo que gostava de fazer. Calada ia seguindo cada um que por ali passava. Observava as roupas, a forma de andar, a expressão do rosto e a atitude perante a deslumbrante paisagem que os acompanhava. Todos, ou quase, se detinham por fracções de segundo e olhavam para ela enquanto os observava e distraidamente escrevia qualquer coisa sobre o lugar, como se o quisesse registar nos meandros da memória para que, em momentos de maior ansiedade, pudesse fechar os olhos e num ápice tudo voltasse a estar disposto com o mesmo critério de harmonia. O aspecto da maioria era de uma descontracção feliz, como se estivessem envolvidos por uma tranquilidade natural. Ali, o resto do mundo não existia e o momento era vivido intensamente mas com calma e em paz. Ali qualquer um podia ser feliz, desde que quisesse...

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...