Babel é um dos filmes que certamente marcará 2007. Por tudo! É um drama que relata a história de 4 famílias: uma americana; uma mexicana; uma marroquina; uma japonesa. Todas vivem situações complicadas ao longo do filme e se fossemos fazer uma História de Vida familiar só encontraríamos situações atípicas... digo eu... As vidas destas famílias acabam por se cruzar sem que tomem consciência disso. Tudo por causa de uma espingarda que o japonês, caçador nas horas vagas, oferece ao marroquino que lhe serviu de guia numa das suas viagens, que acaba por a vender a um outro marroquino seu vizinho, que a confia aos filhos para zelarem cuidadosamente do rebanho de cabras, um dos seus principais sustentos. A partir daqui os acontecimentos sucedem-se em catadupa e a sensação que nos acompanha ao longo de quase duas horas e meia é que a lei de Murphy afinal sempre se confirma. A angústia é a tónica dominante e eu, apesar de tudo, gosto de ter a alegre sensação de que a vida tem de ser melhor do que os péssimistas procuram demonstrar com ar de grande certeza. É inegável que o filme é 100% crítico, está muito bem realizado e melhor interpretado. Por todos e sem excepção. Mas é de tal forma tão infinitamente negativo que, ao sair do cinema, só tive vontade de gritar: A VIDA NÃO É ASSIM!!!!
Um blog sobre a vida. Ilusões e sonhos, venturas, algumas desventuras, muitas realizações com a frustração necessária para alcançar o desejo da felicidade. Uma vida que se pretende feliz e preenchida por vivências sentidas. por Brígida Rocha Brito
domingo, 14 de janeiro de 2007
Babel ou o desespero em forma de filme
Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis
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