Não gosto de vacinas. Nem da palavra em si, nem de as tomar. Sei que são um mal menor, necessárias e, em algumas circunstâncias, obrigatórias. Nestes casos, lá vou cabisbaixa e resignada mas sem agrado, fazer o que tem de ser feito: levar uma injecção, normalmente no braço e fugir, o mais rapidamente que me é possível, do local onde as seringas e as agulhas abundam.
Não gosto de seringas e muito menos de agulhas e a sensação de ser espetada é absolutamente arrepiante e confrangedora. Até no dentista fico em transe quando sou avisada que o tratamento requer anestesia. Não acho graça nem à picada nem à sensação com que se fica de dormência e insensibilidade, e fico sempre muito irritada quando isto me acontece.
Mas dizia eu, não gosto de vacinas apesar de reconhecer a sua utilidade. Hoje foi um dia de desconforto para mim. Não por tomar uma vacina injectável, isso seria quase terrificante, mas por saber que ingeri uma quantidade não desprezível de bichinhos, que estou em crer que certamente actuarão em minha defesa em caso de necessidade, ou seja de contactar com o antipático bicho da cólera. Mas a ideia de ser uma “vacina viva” só por si desorganiza-me as ideias e o estado de alma. Não, hoje não estou particularmente bem disposta. Mas sei que fiz bem em tomar a primeira dose. A segunda será na próxima semana.