Já cheira a Natal há algumas semanas. As lojas estão mais do que enfeitadas, as ruas iluminadas e as rádios começam a passar músicas alusivas. A mim, sabe-me bem porque sou, desde que me lembro de existir, uma apaixonada por esta época, pelo espírito sonhador e deliciosamente terno que está implícito, pela possibilidade de festejar e de reencontrarmos pessoas que, apesar de estarem sempre presentes nas nossas vidas, não as vemos com a regularidade com que gostaríamos. Esta é uma época festiva, alegre e que pressupõe dádiva, entrega, partilha.
Ontem estive com o meu sobrinho e a minha mãe a fazer a árvores e o presépio, da forma como sempre fizemos: a árvore, resulta de uma mistura de pequenos brinquedos, bolas, luzes e fitas (por esta ordem de colocação); o presépio com as figuras que ainda são da época em que eu tinha a idade do meu sobrinho, tendo na base musgo. E daqui para a frente, o tempo vai passar outra vez numa correria até ao dia 25, e depois até ao dia 1 e, com este dia, a esperança de um novo ano, sempre melhor do que o que está a findar.