Às vezes, e sem nos darmos conta, escrevemos textos que geram discussões sem fim por diferenças de perspectiva. Ora sigam o meu raciocínio: certo dia passei por um local que conheci bem, e que na génese senti sempre que fazia parte de mim, mas que, por ter estado durante um período fora, não visitava há algum tempo e notei diferenças. Falo de Sesimbra. Achei que, com as mudanças, ficou mais feia porque olhei em volta e percebi que a construção civil aumentou de tal forma que tive a sensação que alguns espaços desapareceram e que o crescimento urbanístico passou a pôr em risco a entrada do sol nas ruas, fazendo com que perdesse a graça. Cheguei a casa e escrevi um longo texto sobre a desagradável imagem que retive, desabafando para o mundo que aquela vila, onde antes me sentia segura, aparenta hoje uma paisagem diferente e que essa diferença me desagradou. Passados alguns meses, ou seja apenas há uns dias, um defensor do progresso, da inovação e da mudança da terra comentou a minha mensagem com ar de ofensa e desagrado, diria mesmo com um tom pouco simpático, quase me chamando de pouco civilizada e desconhecedora da realidade sobre a qual falei antes. A minha perplexidade foi total já que o que procurei traduzir naquelas palavras não foi mais do que uma forma de sentir pessoal e que também encontrei noutras pessoas. Mas como não costumo apagar os comentários resolvi responder directamente e o mais civilizadamente que consegui. Isto tem dado uma tamanha conversa e troca de palavras, nem sempre simpáticas que até fui chamada de presunçosa. É uma chatice as pessoas não respeitarem as diferenças de opinião e de perspectiva, estarem permanentemente a questionar os outros como se os quisessem pôr à prova, e disputarem uma troca de palavras como se esta fosse a competição das suas vidas. É que nem sempre estamos com vontade de competir e guerrear e quando emitimos opiniões pessoais, a maioria das vezes, não procuramos fazer mais do que isso. Mas há pessoas que também têm uma perspectiva diferente acerca disto...
Um blog sobre a vida. Ilusões e sonhos, venturas, algumas desventuras, muitas realizações com a frustração necessária para alcançar o desejo da felicidade. Uma vida que se pretende feliz e preenchida por vivências sentidas. por Brígida Rocha Brito
domingo, 27 de novembro de 2005
Diferentes perspectivas
Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis
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