Há dias um amigo dizia que não gostava de me ver triste, nem de me ler assim, com a sensação de haver sempre uma lágrima a rolar para cima do teclado, sempre que eu escrevia sobre um certo Alguém. É verdade... há dias em que as teclas em que os meus dedos tocam, a maioria das vezes de forma involuntária, quase automática, como se soubessem o que precisam de dizer, se articulam de forma triste, ou pelo menos pouco feliz.
Há dias em que as lágrimas não rolam para cima do teclado porque, com o tempo, as pálpebras aprenderam a contê-las e a não as deixar sair. Mas um dia, talvez quando tiver outro pc, deixe que elas corram e inundem o teclado de uma só vez, para que não mais seja preciso falar ou escrever sobre isto.
É que também há temas que, até os esgotarmos no coração, não conseguimos deixar de os abordar. Passe o tempo que passar... É preciso que fique tudo certinho. Não com os outros, mas sim connosco. E por natureza e característica, as feridas em mim demoram a sarar. Mas quando saram, o problema fica resolvido. Para sempre...