terça-feira, 8 de fevereiro de 2005

Proposta hilariante

Chegava a ser hilariante o número de propostas inconsequentes que recebia, para escrever livros, capítulos ou dar informações. Na verdade, nenhuma das pessoas que a contactavam pretendia levar a cabo este empreendimento. Ela começou por acreditar nos propósitos de todos e ia colaborando, mas quando, por fim, compreendeu que não passavam de momentos de diversão para que alguém sem vida própria passasse o tempo livre, desistiu. Primeiro fechou-se nos seus refúgios em busca de explicações, um fio condutor que ligasse todos os episódios ou a falta dele, permitindo-lhe chegar à "cabeça" v de tanta brincadeira. Mas, de repente, tudo se clarificou, tornando-se de tal forma óbvio que não fazia mais sentido perder tempo a pensar. E o ridículo em que aquela personagem masculina caíu, ao arquitectar o "plano da destruição" da vida dela, num sem fim de atitudes mesquinhas e básicas, mas sem possibilidade de serem bem sucedidas, fê-la rir. Ele vivia num mundo de perversão, triste, solitário, repleto de ausências, destruindo-se a si próprio, sem disso se dar conta, certo de poder exercer o seu poder, uma e outra vez, levando-a a aprender uma lição, que ela não precisava. Ele julgava divertir-se com a brincadeira, crendo que ela não duvidaria de uma palavra que fosse, mas para ela tudo passou a ser mais do que evidente e quem verdadeiramente se divertia era ela. Tudo se tornou hilariante!!!

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...