terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

E...

E... a dúvida surgiu de forma implícita e sem ser aprofundada, atirada, no meio de uma conversa, através de uma troca engenhosa de palavras, que ele tanto gostava de utilizar, como meio de a confundir e levando-a a dizer a verdade. Ela emendou-o e ele sorriu. Mas não referiram mais o assunto, aliás como era habitual entre os dois.
Agora, que ele já não está ao pé si, ela escreve a resposta às dúvidas dele porque um dia deixá-lo-á ler, fazendo-o ver que se enganara com o julgamento que fizera a seu respeito:
"Não, o passado não voltou, nem poderia voltar. Há países que ficam para sempre na nossa memória pelos maus momentos e pelas más experiências que vivemos. Há pessoas que nos marcaram de tal forma que jamais as poderemos voltar a amar. E ao contrário, há países aos quais nos sentimos ligados para sempre pelos dias felizes que tivemos. Há pessoas por quem sentiremos sempre um carinho muito especial. Tu fazes parte destes últimos. Ficou claro?"

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...