É costume conotar o prefixo "in" com a moda e as tendências actuais - todos desejam ser e estar, conhecer os locais mais "in" e frequentá-los, ter amigos "in", jantar e passar férias em locais "in". Porquê? Por ser vulgarmente entendido como um sinal de boa integração social (económica, política, cultural e...). Basta pensar na palavra original anglosaxónica, mas esta, normalmente, bem utilizada.
Mas todos se esquecem que o prefixo, só por si é uma contrariedade, o oposto da afirmação. Peguemos, como exemplos, nas palavras indecisão, indiferença, intolerância. São de tal forma negativas que geram maus sentimentos (e pensamentos). A decisão é positiva, bem como a diferença associada à tolerância, tanto na esfera pessoal como na vida profissional. Mas parece que muitos se esqueceram e alguns não sabem mais o que querem. É desestruturante tornando-se confuso, como eu diria hoje aos meus interlocutores, a meio de uma reunião marcada pela indefinição, pela incerteza de vontades, resultando em indecisões.