É quando sinto que já não me podes fazer mal porque já o fizeste todo,
nada mais espero de ti porque a ansiedade diária passou.
É quando o cansaço é tão intenso que quem corta a conversa,
se despede e se ausenta, sou eu.
É quando olho para ti com a distância
que permite valorizar os teus defeitos e minimizar as tuas qualidades
e, olhando para mim mesma,
questiono-me o que terei eu andado a tomar para um dia te ter achado graça,
ficando de ti tão dependente.
É a consciência do não retorno, pela impossibilidade e pela falta de vontade,
apesar do sentimento que se guarda nos cantinhos de nós mesmos.
E é isso que sinto, a incapacidade de voltar atrás.
Porque não acredito mais no que dizes, no que fazes,
não sei se algum dia quiseste e nem sei porque é que eu própria quis.
E contudo, amo-te...