- Respeito os teus sentimentos, respeita também tu os meus. Magoaste-me antes, infinitamente. Não me magoes agora, nem depois. Nunca mais... - pediu-lhe no silêncio de um olhar.
E ele olhou-a ternamente, interpretando, naquela expressão, promessas que ela não fez e que não quis fazer. Mas não a conseguiu escutar porque ela não chegou a dizer uma única palavra.
E continuaram olhando-se em silêncio, no final de uma noite de agradável conversa, querendo dizer coisas um ao outro que nunca chegaram a proferir, porque não conseguiam e não podiam.
Não se entendiam quando falavam. E interpretavam-se sempre mal...