quarta-feira, 25 de abril de 2007

Turismo em São Tomé e Príncipe

O número de Abril-Junho de 2007 do “Boletim Juristep” já está pronto (nº 12, Ano 3).
Neste número dedicado ao tema do Turismo, colaboraram António Ferreira de Sousa, Décio Lopes e Emanuel Pais, através de registos fotográficos que valem por mil palavras.
Eu tive o grande prazer de também colaborar com os editores, aos quais agradeço, Drs. Rute Martins Santos e Kiluange Tiny, com o artigo “Turismo em São Tomé e Príncipe: Potencialidades e Constrangimentos do Segmento Ecológico”.
O Boletim disponibiliza ainda informações várias sobre locais de alojamento, agências de viagens, documentos de referência e notícias de destaque. Vale a pena ler e agradece-se a divulgação.

Viajar

Apesar de ser profundamente enriquecedor, passar uma parte da vida a viajar dá a sensação de se viver como saltimbanco e caixeiro viajante. É quase como se fosse artista de circo a andar de terra em terra. A chegada é marcada pela proximidade da partida e pela incerteza do dia de amanhã. E depois... ah depois nunca se sabe ao certo onde se pertence. Se é que se pertence a algum lado. Quem faz da vida uma viagem permanente e incessante é cidadão do Mundo, de todas as paragens e mais algumas. Não pertence a lado nenhum em particular porque pertence a todas as paragens. E, tantas mas tantas vezes, sente a dureza da não pertença.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Novo Jornal Digital de STP

Há um novo jornal digital em STP. Chama-se HORIZONTE e é mais um meio de reflexão e de divulgação do que se vai passando por lá e pelo Mundo.

 

terça-feira, 10 de abril de 2007

Guiné-Bissau: um novo começo

A Guiné-Bissau tem novo Primeiro Ministro - Martinho N'Dafa Kabi - e vai ter novo governo . E a notícia mais alargada está aqui para uma leitura atempada. Esperemos que a estabilidade tenha por fim um início.

Em atraso: Páscoa

Tenho o relato sobre sabores da Páscoa atrasado. Não tenho conseguido escrever sobre estas e outras questões. Mas devo dizer que, além do meu preferido folar, a Páscoa é época dada aos prazeres da gula porque rica em iguarias, tanto salgadas como doces. É o período por excelência da renovação, mas em mim resulta numa fase de acumulação J O cabrito assado é um prato magnífico. Não o tempero de forma tradicional, mas antes fazendo uma cama de coentros e alho picado, onde o deito depois de salpicado com sal e alho, passando um fio de azeite pelo lombo. Depois, vai cozinhando lentamente, e sempre que a pele pede, é virado para aloirar levemente. O dourado final fica para os últimos minutos de forno. É partido antes de ser colocado na mesa, porque vai ao forno uma metade em cada tabuleiro. De acompanhamento, batata frita aos quartinhos, mesmo pequeninos para ficarem estaladiços, e salada de tomate e alface com endívias e uma laranja em pequenos cubos. Mas ainda houve as sobremesas: da minha parte, salada de frutas para desenjoar. E um bolo de chocolate com nozes ligeiramente aquecido e o topo derretido, com uma bola de gelado, um doce de amêndoa, ovos e nabo e “pão de lá”. E também não podiam faltar as amêndoas variadas com muito chocolate. Bom... e agora, época passada, voltei aos iogurtes magros, líquidos e sólidos ;-)

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Folar

É sabido que a gastronomia me encanta e que gosto de misturar paladares e experimentar a conjugação dos alimentos. Foi assim que fiz pela primeira vez camarão com alho francês e arroz de alho, courgete grelhada com alho picado e coentros, bacalhau com camarão e alho francês. E também foi devido a este prazer, que é cozinhar e depois saborear, que também fui introduzindo variantes nos pratos tradicionais e, o mais fantástico, é que normalmente resultam bem. Mas reconheço que não sou dotada para fazer doces de Natal, pães e pãezinhos. Já tentei e não saiu bem e, como é uma trabalheira pegada, desisti e prefiro comprar. O Folar de Páscoa é um bom exemplo. Gosto particularmente do que não vem acompanhado de ovo. Compreendo o significado  - a renovação, o reinício, a esperança – mas sinceramente acho que um não casa bem com o outro. Uma coisa é um ovo cozido, que até pode ser comido simples ou partido em saladas, e outra é a massa do folar, um pão adocicado com sabor a erva doce e salpicado de canela. Não sou fã de ovos cozidos, a não ser que sejam só aquecidos, mas neste caso deixam de ser cozidos. E sou verdadeiramente fã de folar quando está fresco, fofo e macio, mas também torrado quando já tem um ou dois dias. Folar... hmmmm!!!!

 

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Coração, a quanto obrigas...

Há épocas em que fazer exames médicos é uma necessidade e, a bem dizer da verdade, apesar de nunca ser uma tarefa simpática, alguns são mais chatos do que outros. E alguns, que pensamos que são ligeirinhos e que se fazem com uma perna às costas, resultam numa canseira fenomenal. Pois hoje foi o dia da prova de esforço, que fiz pela primeiríssima vez não tendo ficado adepta. Se já andava cansada, mais cansada fiquei J. Bem, é infinitamente menos irritante do que o meu velho conhecido Holter, não só por estar ligada menos tempo como principalmente porque, em mim, provoca menor efeito de stress. Mas é cansativo. Já sei que a ideia é mesmo essa, ser cansativo e levar-nos um pouco ao limite, ver até onde o “pan pan pan” aguenta, mas espero não ter de fazer outro tão cedo. Ah.. bendito amigo que haveria de ter nascido com o gosto ou a mania de andar aos pulos e que, de vez em quando, lá causa preocupação!!!

Palavras

O que custa mesmo… é começar! Depois... vem uma atrás da outra. As palavras são engraçadas, primeiro parece não quererem sair, mas quando as começamos a escrever, saltam em catadupa por não quererem ficar fechadas, controladas, escondidas. De repente, é como se quisessem relacionar-se umas com as outras, formando ideias e partilhando letras que se misturam sem que nós, que achamos que as controlamos, tomemos consciência disso. E depois... há tanto para dizer, tanto...

 

terça-feira, 3 de abril de 2007

Esclarecimento

Não... por favor, não me interpretes mal. Se pensas que o que escrevi te diz respeito esquece. Não era sobre ti nem para ti. As histórias tristes acabam por se repetir na minha vida e a escolha tem sido, quase sempre e invariavelmente, errada. Por isso se pensas, ou alguém pensa, que estas palavras te eram dirigidas, pois garanto que é um erro. Bom, se quiseres também te podes rever nelas porque, em boa verdade,  poderiam adequar-se na perfeição. Mas lembra-te que não passaste a barreira do passado e esse, meu caro, está mais do que enterrado, cheio de teias de aranha e coberto de pó. Remexer em tudo isso significaria uma carrada de alergia daquelas que nem uma crise de anisakis ou de pólen de flores conseguiria produzir e, por certo, que eu não resistiria. A vida faz-se de presente e de futuro. O passado é mero contexto de enquadramento por ter propiciado a infinita transformação naquilo em que me tornei. E por não mais do que isso é merecedor de ser lembrado. Don’t forget it, please!

domingo, 1 de abril de 2007

Men - tira

- Já que o dia é propício, a quem disseste uma mentira hoje? - perguntei-lhe

- Não disse nenhuma, acreditas? – respondeu-me ele com ar de verdade

- Não!

Aquela criança grande vivia num mundo de ilusão em que era impossível dissociar uma verdade duma mentira. Tudo se misturava na fantasia relatada em tom de realidade profunda. Quando dizia “acabei de chegar” significava que nunca tinha partido; quando afirmava que estava ali bem perto, queria dizer que estava a 10.000km de distância. Quando dizia que me queria já estava com outra mulher ao lado; quando se ausentava do meu mundo , era em mim que pensava. Aquele homem era a personificação da antítese! E lamentava-se por não saber o que era uma figura de estilo!!! Mas o que ele não sabia era ser sincero e falar verdade porque achava que a mentira tornava a vida mais fácil... e porque não mais bonita. E assim fomos cada um para seu lado porque se havia coisa que eu não suportava era a mentira. A palavra só por si levava-me a pensar que os homens (men) têm o mau hábito de tirar (tira) o melhor que as mulheres têm: a ilusão sonhada da felicidade partilhada. E uma vez mais dei conmigo a trautear a letra do “Honesty” deixando-o divagar sozinho acerca de feitos nunca realizados...

Dia das Mentiras

- Então... não me dás nenhuma resposta à proposta que te fiz?

- Sabes que dia e hoje?

- Sim... 1 de Abril...

- Pois é, e 1 de Abril é o dia das mentiras, pelo que é preferível falarmos de outra coisa. Estou cansada de mentiras... cansada!!!

 

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...