quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Turismo de Cruzeiro em STP

No passado dia 18 de Janeiro, STP recebeu 300 turistas de cruzeiro (ingleses) com o apoio da Navetur, que organizou os passeios de visita à cidade e a roças de café (Nova Moca). Os turistas foram divididos em 8 grupos e acompanhados por guias (entre os quais o Bastien que todos conhecem pelo empenho e excelente trabalho desenvolvido no Jalé Ecolodge e Mangrove Tour em Malanza) que explicaram, no decurso de 2 horas e meia de visita, o essencial da História do país, o Tchiloli, a importância das Roças e tantas outras coisas, à medida que iam mostrando e visitando os locais mais emblemáticos.

As visitas foram organizadas em dois tours: CITY TOUR e COFFE TOUR.

No primeiro (CITY TOUR), foi visitado o museu, passando-se depois pela zona do Pantufo com degustação de peixe fumado, Sé Catedral, Aeroporto (com os aviões da guerra do Biafra), paragem no Bigodes para uma bebida, Praça da Independência e demonstração de Danço Congo.

No segundo (COFFE TOUR), foi efectuada uma deslocação a Nova Moca visitando-se a plantação, e com possibilidade de degustação de cafés e de cacau, prova de diferentes espécies de banana, seguindo-se o regresso à Trindade com visita à Igreja, pequeno concerto do grupo Tempo, e demonstração de Tchiloli!!

O evento foi notícia do Correio da Semana, havendo também reportagens televisivas.

A Navetur (Bibi e Luís) está de parabéns pela organização e pela capacidade de resposta a um evento desta natureza, que em STP é inovador, assim como todas as pessoas envolvidas (guias, motoristas, grupos musicais, e prestadores de serviços) pelo profissionalismo e empenho evidenciados e que ficaram traduzidos na satisfação dos turistas.

 

Grupo Caminhadas e Descoberta em STP

O Caminhadas e Descoberta em STP faz mais um ano. Este último ano de actividade foi preenchido por um sem número de acontecimentos, ora positivos ora atribulados. Mas no conjunto, e porque a vida on line também se faz de mudança e de evolução, todas as situações que foram surgindo permitiram reforçar os objectivos inicialmente propostos, fazendo-nos ter a certeza que vale sempre a pena persistir com dedicação.

A maioria dos membros encontra-se hoje distanciada do local onde nos conhecemos, que nos uniu e nos apaixonou, São Tomé e Príncipe. E, apesar de muitos de nós estarmos distantes, continuamos a sonhar, a idealizar com o regresso, a rever imagens, a partilhar fotografias, procurando manter-nos informados acerca de tudo o que vai acontecendo por lá, e tentando intervir sempre que é possível. E depois ainda há membros que nunca deixaram fisicamente STP porque é lá que vivem persistentemente e cheios de coragem (e de sorte, em minha opinião) J, ou que se afastaram temporariamente para regressarem de seguida porque a ausência marcada pela distância se torna quase sempre insuportável. E no meio de tudo, e do que mais fosse, foi muito bom continuarmos juntos partilhando, partilhando, partilhando... Os momentos difíceis ajudam-nos a ficar mais fortes, melhorando-nos!

Parabéns a todos os que se mantém fiéis a um sonho, a um ideal, a um objectivo! (eu incluída...)

 

 

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Está... FRIIIIIIO!!!!!

Está frio no ar, no corpo e na alma. O ar gélido, de influência polar, desconsola e elimina qualquer vontade de fazer o que quer que seja. Só apetece um edredon, um saco de água quente e um aquecedor. E depois... depois, deixarmo-nos embalar pelo morninho e seguir o caminho dos sonhos que nos leva sabe-se lá para onde, mas concerteza até paragens mais quentes, mais ternas, mais doces. E quem sabe... sim, quem sabe se no meio de tantos sonhos e ilusões nos encontramos por lá. Com quem?!...
Mas, enquanto isso, a realidade que vejo é esta...

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Bolsa de Turismo de Lisboa


Até ao próximo domingo a BTL (Bolsa de Turismo de Lisboa) pode ser visitada. Uma óptima oportunidade para planear as próximas férias, escolher novos destinos e conhecer um pouco da oferta turística mundial. E os destinos africanos estão em grande destaque.

Jornadas da ASPEA

Decorrem hoje e amanhã as XIV Jornadas Pedagógicas da ASPEA (Associação Portuguesa de Educação Ambiental). E aí vou a caminho para no final da tarde apresentar um trabalho no âmbito da investigação de Pós Doutoramento, desta vez sobre "O envolvimento comunitário na recolha de lixos e limpeza de áreas costeira em África".

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Já lá vão.... 7 aninhos

Hoje é um dia muito importante para estes lados: aquele que foi um pequeno ser transformou-se numa grande pessoa. Faz hoje 7 anos e, não é por ser tia e ainda para mais madrinha, está muito magnífico. É um miúdo esperto, hiper simpático e sorridente, e vai dar cabo da cabeça aos pais quando tomar verdadeira consciência dos olhos e da cara que tem. Cá estarão as tias e a avó (os avós também) para pôr água na fogueira e piscar o olho com um sorriso ao moço. Parabéns António!!!!

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Pens "Memórias de São Tomé"

Estas são as minhas novas "pens". Made in São Tomé e acabadinhas de comprar. Fazem parte do Projecto OSSOBOECOSOCIAL e chama-se "Memórias de São Tomé", o que faz sentido porque é simultaneamente um produto de lá e uma "Memória" digital. São lindas, magníficas, fantásticas e muito originais. Sinceramente acho-as ainda mais bonitas do que as que estão apresentadas no folheto. Pareço uma miúda de 5 anos com um brinquedo novo e não páro de as contemplar :-) Já experimentei uma a uma e todas funcionam na perfeição. Quem tiver interessado, pode contactar os responsáveis pela iniciativa: Patrick de Carvalho ou Pedro Alegria

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Mudam-se os tempos...

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já foi coberto de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía."

Luis Vaz de Camões

domingo, 21 de janeiro de 2007

A prova!

Pois aqui está a prova que o segredo da receita do Pão de Ló da minha infância foi finalmente descoberto. É verdade que foram algumas tentativas até à fórmula mágica mas a meu favor tive a persistência e a determinação...!!! Contra mim tive "algumas teorias e demagogias" que tentam provar como esta é uma daquelas receitas que só passam para uma pessoa de cada geração... Desenganem-se... pois eu CONSEGUI!

Vida 2

E depois também havia pessoas assim cujo comportamento variava de dia para dia. Havia alturas em que era mesmo um desassossego: ora estavam bem, afáveis e cordiais, tranquilas e conversadoras, interessadas e amigas, humoradas e sorridentes; ora casmurravam e interiorizavam sabe-se lá que traumas. Nunca se sabia como agir e reagir porque o hábito era a imprevisibilidade. Conheceu e conviveu com pessoas destas anos e anos, tanto por cá como pelos diferentes lá por onde andou e, passado muito tempo, continuava a surpreender-se com a sua própria incapacidade de gerir as flutuações humorísticas alheias. A Vida tinha destas coisas...

Vida

A Vida tinha muitas daquelas coisas: altos e baixos; baixos e altos; e principalmente momentos, que lhe pareciam eternos, de nem sim nem não muito antes pelo contrário, em que nada acontecia e em que não esperava quase nada. Depois, lá vinha mais um alto como que para estimular uma nova boa fase positiva, repleta de estrelas e bons auspícios para rapidamente se sentir a chegar ao pico mas, de forma cada vez menos inesperada, aparecia um sequente défice anímico. Tudo lhe parecia cíclico e estranhamente repetido, quase como um “déjà vu” ou um sonho premonitório. Já não ligava às euforias das grandes conquistas e muito menos se deprimia com as derrotas e as traições, até com as mais surpreendentes. Faziam parte da vida, da sua ou quem sabe da de todos e, por isso, não valia a pena valorizar os extremos, fossem bons ou maus, até porque já aprendera que a maioria dos tempos eram mornos, molengões e simplesmente vividos “en passant”. E era a isto que aprendeu a chamar de Vida.

 

 

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Roça de S. João: Turismo Ecológico e Cultural em espaço rural

Para uma melhor leitura da brochura, clicar em cima de cada uma das imagens
CONTACTOS:
SITE / e-mail / tf: 00 239 225135 / 00 239 906900 / 00 239 911069

Sorte...?!

Por vezes, custa muito a admitir que as contrariedades da vontade mais profunda acabam por ser o resultado da conjugação da sorte com o destino e sabe-se lá de mais o quê. Antes assim, do mal o menos. Nada como um momento de lucidez e de clareza mental!

 

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Estudo sobre o Cacheu - Guiné Bissau

O "Estudo Socioeconómico e Diagnóstico para Acompanhamento das Condições de Bem-Estar das Famílias da Região de Cacheu" já está editado.
É uma edição do Instituto Marquês de Valle Flôr e da Acção para o Desenvolvimento (IMVF/AD) e resulta do Projecto Integrado de Segurança Alimentar de Cacheu (PISAC), financiado pela UE e apoiado pelo IPAD.
Eventualmente serei "suspeita" na avaliação mas, em minha opinião, está muito bonito e merece uma leitura atenta, tanto para os conhecedores e amantes de África, e em particular da Guiné Bissau, como para os curiosos
:-)

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Dentistas

A questão é uma e uma só: uma ida ao dentista, se ele não for de confiança e de mérito reconhecido, pode resultar numa verdadeira trapalhada. Eu ando numa desde Setembro à conta de um estafermo supostamente muito recomendado e que se revelou na incompetência personificada, ao ponto de ser o causador de uma necrose que complicou. O aspecto positivo foi, depois de andar a sofrer horrores sem explicação, a maioria das vezes num silêncio suportado e contido por Clonix, ter regressado ao verdadeiro “mãos de ouro” que me tem tratado com a paciência que só se tem com as crianças... Mas já estou avisada... faz amanhã uma semana que a coisa foi resolvida de forma radical, o que significa que ainda tenho um mês e qualquer coisa pela frente...

 

domingo, 14 de janeiro de 2007

Babel ou o desespero em forma de filme

Babel é um dos filmes que certamente marcará 2007. Por tudo! É um drama que relata a história de 4 famílias: uma americana; uma mexicana; uma marroquina; uma japonesa. Todas vivem situações complicadas ao longo do filme e se fossemos fazer uma História de Vida familiar só encontraríamos situações atípicas... digo eu... As vidas destas famílias acabam por se cruzar sem que tomem consciência disso. Tudo por causa de uma espingarda que o japonês, caçador nas horas vagas, oferece ao marroquino que lhe serviu de guia numa das suas viagens, que acaba por a vender a um outro marroquino seu vizinho, que a confia aos filhos para zelarem cuidadosamente do rebanho de cabras, um dos seus principais sustentos. A partir daqui os acontecimentos sucedem-se em catadupa e a sensação que nos acompanha ao longo de quase duas horas e meia é que a lei de Murphy afinal sempre se confirma. A angústia é a tónica dominante e eu, apesar de tudo, gosto de ter a alegre sensação de que a vida tem de ser melhor do que os péssimistas procuram demonstrar com ar de grande certeza. É inegável que o filme é 100% crítico, está muito bem realizado e melhor interpretado. Por todos e sem excepção. Mas é de tal forma tão infinitamente negativo que, ao sair do cinema, só tive vontade de gritar: A VIDA NÃO É ASSIM!!!!

 

sábado, 13 de janeiro de 2007

Espólio... (2)

E depois, ao olhar para todos aqueles momentos registados num flash, alguns sem se dar por isso e que resultam em expressões quase idiotas, sinto-me a reviver momentos que jamais se repetirão. É tão, mas tão engraçado... Estão ali minutos, horas, dias, semanas, meses, anos de vivências partilhadas, de sentimentos contidos ou expostos... rever fotos é delicioso...

 

Espólio...

Tenho, desde ontem, procurado, CD a CD, fotografias para ilustrar uma apresentação num congresso que se avizinha. O tema é limpeza de lixos urbanos em áreas costeiras através do envolvimento das comunidades locais. STP tem dominado a pesquisa de imagens, estando a Guiné Bissau em segundo lugar. É normal... afinal uma grande parte da minha “vida africana” passei-a em solo insular, ou seja no meio de espaços verdes, rodeada por mar e com pessoas muito diferentes em função da época de estadia. Estou deliciada. Encantada. Rendida... e muito divertida, tenho de admitir!!! É que, na verdade, já nem me lembrava de muitos dos registos. E quando revistos e relembrados a uma distância temporal entre 1 e 7 anos, todos os momentos nos parecem engraçados, todas as situações hilariantes e o sentimento que sobressai é o de uma saudade terna. Se mudaria alguma coisa? Hoje digo que talvez sim... Se me arrependo? Naturalmente que não!!!

 

sábado, 6 de janeiro de 2007

Conflito na Guiné Bissau

A notícia da morte de Lamine Sanha, por assassinato de desconhecidos, está a causar nova situação de instabilidade na capital guineense. Para ler aqui: Saque à casa de Nino Vieira; Protestos; e Para ler e ouvir a notícia dada pelo Jorge Neto (do Africanidades). Mais um problema na GB que requer atenção. Serão os conflitos situações kármicas e cíclicas na vida dos guineenses? E... ironia do destino, eu tenho viagem marcada para daqui a pouco tempo...

 

Final de tarde de Janeiro 2

Hoje foi um dia em que só, ou quase, pensei na natureza tendo o mar como elemento inspirador.
Primeiro foi o início do
Curso da Escola de Mar, que está a ser fantástico e promete ser ainda melhor amanhã.
Depois, como o curso terminou um pouco mais cedo do que o esperado, aproveitei a calma e vim pela marginal a apreciar a paisagem e o pôr do sol.
O final de dia estava simplesmente magnífico, muito mesmo, e o meu
pensamento viajou uma vez mais pelo mar fora até passar a linha do horizonte, procurando outras paragens, outras imagens de tranquilidade tão bem conhecidas.
Viajei navegando pelo mar calmo, pelo menos aparentemente, e avistei animais, muitos e diferentes, quase como os navegadores de tempos idos que fantasiavam a propósito dos seres com os quais se cruzavam e que desconheciam. E vi focas monge, golfinhos, baleias corcunda e orcas. E tanto mais...

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

5 manias de muitas mais

 “Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do “recrutamento”. Ademais, cada participante deve reproduzir este “regulamento” no seu blogue.”

A ideia é identificar 5 (cinco) manias, ao jeito de uma auto-análise bem disposta. E quem me deu esta difícil tarefa foi a PITUCHA

Para mim resulta num desassossego porque tenho muito mais manias do que cinco. Sinto-me revoltada por ter de escolher L. A selecção é que é difícil... mas aqui vai uma tentativa. Tenho a mania de:

1. corar quando me sinto atrapalhada ou excessivamente observada

2. recusar um convite para dançar nas discotecas africanas, cá ou lá (mesmo que tenha muita muita, MUITA vontade de me embalar)

3. ligar o computador e navegar na net pesquisando tudo o que me vier à cabeça

4. separar o lixo doméstico (e ficar furiosa com todos os que não o fazem)

5. sonhar acordada

Eu bem disse que não era fácil...

E agora o desafio passa para:

ÁGUA LISA

ANTÓNIO ROSA

CHUINGA

DAKIDALI

GREENTEA

 

Terra de encantos e de encantamentos

Foi na primeira vez em que viajei para aquele país que me apaixonei. Foi imediato. Não por um homem mas pela ilha, pelo espaço, pelo ar que se respirava. Depois veio tudo o resto. Mas só depois. A primeira imagem que tive, e que guardo até hoje, foi a de um local ao mesmo tempo acolhedor e hostil, terno e independente, doce e áspero, mas de uma beleza infinita, contrastante entre verdes galopantes e azuis intensos. Qualquer das cores era forte e dava-me a sensação de profundidade e de união, tornando possível a simbiose entre tons. E foi essa mescla de percepções e de sentires, de cheiros e de paladares que tanto me prendeu.

A noção clara de que tudo o que é preciso para viver está ali mas também que é lá que se encontram as maiores contradições, a angústia de querer e não ter, fazendo crescer a vontade de transformar o sonho em realidade. Foi talvez a luta de mim comigo mesma, a tentativa incessante de ultrapassar os meus próprios limites e de demonstrar, sabe-se lá a quem, que o Mundo doce e naïf pode vencer a esperteza saloia. A ideia de que a ingenuidade e a vida simples são muito mais compensadoras do que o enredo planeado e cheio de teias complexas, tantas vezes estimulante ao intelecto humano mas que a mim pouco diz, arranjado ao milímetro como se a vida fosse sempre previsível e fácil de manejar. Afinal, com o tempo, veio a perceber-se que nem tudo é. Nem tudo foi...

Aquele é um dos locais mais belos do Mundo e tem tudo para fazer uma pessoa feliz. Basta olhar para os rostos das pessoas com quem nos cruzamos: olhos brilhantes; sorrisos abertos em lábios carnudos, grossos, bem delineados e rasgados. E escutar as risadas fortes não contidas pelo preconceito, quase chegando à gargalhada, querendo dizer-nos, aos que não somos de lá e que levamos a vida muito a sério porque somos “pessoas grandes e muito responsáveis”, que afinal o dia a dia pode ser desfrutado com alegria e ligeireza porque não nascemos para sofrer, apesar do sofrimento ser mesmo inevitável na vida de cada um. Até lá era assim.

E a grande sabedoria está presente em todos: vale a pena viver e já que nascemos, não importa os porquês, é melhor aproveitar e ser feliz, leve leve só, sem nos questionarmos ou desculparmos por qualquer coisa, mesmo que inha. E se hoje não estamos bem, mais ou menos só, isso quer dizer que um dia, sabe-se lá quando, haveremos de estar melhor, leve leve também porque o que é demais cansa e faz sofrer. E sofrer.... só de amor, que é o que mais dói e mata, como se nesta vida mais nada houvesse além da conquista, da sedução e do amor. E haverá? Se calhar não, mas isso também não é importante porque se estamos juntos, bem juntinhos, apertadinhos e enroscados aos beijinhos, está tudo bem.

 

Reminiscências de São Tomé e Príncipe, a terra de todos os encantos, que me encantou e deixou saudades..

 

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Vivências de S. Tomé e Príncipe

Foi o destino que me levou a S. Tomé. Costumo dizer que tenho uma alma e duas terras e, se fosse humanamente possível, teria dois corações (José Diogo, cônsul de STP em Coimbra)"
António Bondoso in Escravos do Paraíso, Vivências de S. Tomé e Príncipe, Minerva Coimbra, pg. 31

Aqui está um livro delicioso que vale a pena ler, reler e apreciar. Mais do que recomendado!!! E quem conhece as "ilhas maravilhosas" sabe que esta é uma frase bem entendida, sentida e partilhada...

Prémio Literário da Lusofonia

1.º A Câmara Municipal de Bragança em parceria com os Colóquios Anuais da Lusofonia institui, a partir de 2007, um PRÉMIO ANUAL para a literatura lusófona que abarque todo o conjunto da produção nesta área, qualquer que seja o país, região ou nacionalidade do/a seu/sua autor/a, contribuindo para a valorização e promoção da literatura de qualidade destinada a todos os lusofalantes e considerada elemento essencial para o desenvolvimento e enraizamento dos hábitos de leitura.

2.º São objectivos deste concurso:

 A atribuição de um prémio anual a um autor de literatura lusófona. Este Prémio tem como principais objectivos promover e divulgar a língua portuguesa, estimular o gosto pela escrita e pela leitura e também difundir o nome de Bragança que a ele fica associado, desta forma dando um contributo importante à literatura em língua portuguesa contemporânea. Servirá ainda para dar a conhecer novos autores ou autores pouco conhecidos dentro do vasto mundo lusófono.

2.1. Este prémio referir-se-á a uma única obra de qualquer género literário, tema livre e inédita.

2.2. Será obrigatoriamente escrita em língua portuguesa;

2.3. A obra premiada será publicamente, anunciada e apresentada no ano seguinte, no Colóquio Anual da Lusofonia em Bragança.

3.º A entidade promotora é a Câmara Municipal da Bragança

4.º O concurso destina-se a pessoas que falem e escrevam a língua portuguesa.

5.º Ao PRÉMIO LITERÁRIO DA LUSOFONIA da Câmara Municipal de Bragança será atribuído um montante de 1 500 € (mil e quinhentos euros) que será entregue no acto de apresentação pública do vencedor.

6.º A divulgação do vencedor e a cerimónia de entrega do prémio serão feitas no decurso do Colóquio Anual da Lusofonia desse ano e o nome do vencedor será publicado no site da Câmara Municipal da Bragança no dia útil imediatamente a seguir à cerimónia de entrega dos prémios.

7.º A Câmara Municipal de Bragança apoiará a publicação e divulgação da obra premiada nos doze meses seguintes à atribuição do Prémio.  

O regulamento (na sua totalidade) consta da página dos Colóquios Anuais da Lusofonia

Mu... das... tea?

Mudastea? É um anúncio de ice tea ou uma atitude? Waiting to see!!!

 

Pindo Doce ou irritação galopante

Ir ao Pingo Doce, leia-se supermercado, é uma tarefa que se tem revelado insuportável de dia para dia. Talvez por isso tenha optado por fazer compras noutros locais e raríssimas vezes me vejo na contingência de, muito contrariada, passar pelas portas de vidro, dirigir-me a uma prateleira e de seguida à caixa. Ainda em 2006 foi a inovação dos sacos de plástico: pois independentemente do que trouxermos, mesmo que sejam todos os produtos expostos nas prateleiras temos de comprar os saquinhos de plástico. A administração do supermercado entendeu que os clientes não são merecedores sequer de um invólucro de papel para transportar as compras, o que na maior parte das vezes seria bastante adequado e mais ecológico. Por tudo isto das três uma: são precavidos e fazem-se acompanhar de saco; trazem as compras na mão; resolvem-se a gastar 2 cêntimos por saco. Quando lá vou, diga-se que raríssimas vezes, venho com as compras na mão porque me recuso a pagar sacos de plástico.

Hoje foi umas das raras vezes em que no final do dia lá fui absolutamente contrariada. Mais contrariada fiquei quando, tendo um saco de laranjas na mão e estando a olhar com ar desolado para o pão, dou com um segurança a espreitar-me. O homem, mal encarado ainda por cima, estava literalmente a olhar para mim. Primeiro desviei o olhar pois se ele é segurança tem por função vigiar. Ou isso é mais um vigilante...?! Mas depois nem queria acreditar no que a minha percepção me dizia. O homem seguiu-me dentro do supermercado... saí da bancada do pão porque não havia nenhum com ar apetitoso a pedir “leva-me contigo e come-me ao jantar” e dirigi-me a outra bancada, menos sugestiva ainda, onde havia pão pré embalado. E lá estava o homem a espreitar no final do corredor e a olhar para mim. Fiquei louca de irritação e só tive vontade de lhe ir perguntar se por acaso estava com o cabelo verde, com a roupa vestida ao contrário ou, se por algum acaso do destino, ele quereria alguma coisa. Mas contive-me! Afinal até estava bem disposta porque tinha acabado de sair do oftalmologista com quem tinha estado em grande e animada conversa sobre a Guiné Bissau e Guiledge, onde ele esteve aquartelado e local que visitarei em breve. Além do mais ele deu-me excelentes notícias já que está tudo ok com os meus olhos.

No meio de tudo isto e da irritação que o homem me provocou, veio-me à memória um célebre dia de Novembro, já lá vão uns bons anitos, em que fui comprar dois pacotes de leite e dois pacotes de bolachas a um supermercado perto de casa e o gerente, quando eu pagava a conta, a módica quantia de 814$00, ainda me recordo como se fosse hoje, me tira literalmente a mala e começa a remexer em todos os meus bens dizendo que alguém me tinha visto a roubar. Foi de tal forma que o pus e tribunal e ganhei, como é óbvio. É que roubar não faz propriamente o meu género muito menos em supermercados. Mas hoje, ao olhar aquele homenzinho fardado, com cara de poder e sem qualquer tipo de graça mas convencido que é o Todo Poderoso do supermercado, pensei que os meus 18-20 anos cheios de impulsividade e reacções pouco contidas já lá vão e que, se o interpelasse e a conversa entortasse, o resultado ia ser bem desagradável. Não valia o esforço e causar-me-ia maior irritação ainda.

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Verdade

“A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente”

Soren Kierkegaard

 

segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Dia Mundial da PAZ

Habitualmente não sou adepta dos Dias Mundiais, apesar de entender a sua razão de ser. É fundamental sensibilizar todos para um conjunto de situações-problema que se vão demarcando no dia a dia. E assim se vão destacando os Dias Mundiais de qualquer coisa. Às tantas, como se multiplicaram, poucos são os que lhes ligam e que param para pensar no real significado e na sua importância. Mas o dia de hoje merece ser relembrado e requer uma atenção particular: É o DIA MUNDIAL DA PAZ.

Janeiro

“O seu nome deriva do deus romano Janus, que se representava com duas faces que olhavam em direcções opostas, uma para o passado e outra para o futuro do novo ano”

Edith Holdes in “A Alegria de Viver com a Natureza”

Bem Vindo 2007

BEM VINDO 2007! Chegaste há pouco e ainda nem tiveste tempo para te aperceberes do quanto confuso é o legado que 2006 te deixou. Herdaste desavenças e confusões, disputas e competições, ansiedades e incompreensões. Vais portanto ter um reinado trabalhoso pela frente. Mas do ano anterior também recolheste esperança e desejos de uma vida melhor, tranquila e prazenteira, em que Todos sejam vistos como iguais. Sejas bem vindo 2007, vê lá se consegues pôr um pouco de ordem no Mundo e principalmente nos Homens.

 

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...