sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

Carnaval

E já estamos no Carnaval outra vez, com as máscaras, os papelinhos e as serpentinas. O que acho sempre estranho nesta altura do ano é que, além da diversão ser quase uma obrigação padronizada, a maioria das crianças gosta de se mascarar enquanto que os adultos libertam energias descascando-se, apesar do frio arrepiante que faz, usam apitos e martelinhos, dançam e fazem comboios sem destino, sentindo-se balançar ao som de música brasileira. É a loucura...! Porque é que eu cresci a não gostar de Carnaval? Afinal só me divertia mesmo quando era gaiata e me mascarava de tudo o que podia para ir para a escola, porque eram dias diferentes, ou quando ia ao Coliseu ver o circo, que me continua a encantar, comer lápis de chocolate e atirar saquinhos de serradura feitos pela minha avó. Hoje dou comigo a pensar que também gostava de me divertir assim, sem pressões e de forma descontraída, aos pulinhos, bater com os martelinhos na cabeça de qualquer um, atirar papelinhos a toda a gente e serpentinas pela janela.

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...