quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

Conferência Internacional sobre conservação de Tartarugas Marinhas

Fotografia de Pedro Norton de Matos, STP, Novembro 2005
Vai decorrer, entre 30 de Janeiro e 3 de Fevereiro, o I Encontro Internacional sobre conservação de Tartarugas Marinhas em São Tomé e Príncipe. Vai ser uma iniciativa inédita no arquipélago, permitindo a reflexão e o debate, complementados pela realização de ateliers com grupos comunitários em aldeias piscatórias e trabalho de campo com ecoguardas. Em breve darei eco do Encontro.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

Prenda Magnífica

É bom recebermos prendas e hoje recebi uma muito especial e absolutamente magnífica. Assim é porque, em primeiro lugar, a pessoa que a ofereceu é um amigo, daqueles com letra GRANDE, que será sempre uma pessoa muito especial. É uma daquelas raras pessoas na vida de quem não guardo segredos e que, por mais tempo que passe sem nos vermos, quando nos encontramos continuamos a falar como se tivéssemos estado juntos na véspera. Em segundo lugar, é uma penda de Natal, e esta é uma época que, só por si, é magnífica. Em terceiro lugar porque o presente é a edição limitada de uma obra que me marcou e com a qual me revi em muitas ocasiões. É um livro que já andara a namorar e com o qual me deliciara: o Equador Ilustrado. Está aqui ao meu lado e não me canso de o abrir e de me surpreender com as imagens dos postais. Simplesmente magnífico. Esta foi uma surpresa mais do que magnífica e uma prenda com um infinito significado! Obrigada, Amigo!

terça-feira, 24 de janeiro de 2006

Investimentos em São Tomé e Príncipe

Foi lançado em Portugal um livro da co-autoria de Rute Martins Santos, Kiluange Tiny e N'Gunu Tiny, que resulta na compilação de legislação específica sobre investimentos em São Tomé e Príncipe. O livro intitula-se: “Investimentos em São Tomé e Príncipe - Legislação Básica” e é uma edição da Livraria Almedina e Faculdade de Direito da Universidade Nova

 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

STP na Revista Prémio Viagens

No número de Dezembro da Revista PRÉMIO VIAGENS, que se encontra à venda, o Pedro Norton de Matos escreveu um texto sobre STP. A avaliar pelas fotografias de grande qualidade, que amavelmente tem disponibilizado no link de fotografias do Grupo “Caminhadas e Descoberta em STP”, certamente valerá a pena comprar a revista, ler e sonhar com outras paragens, outros mundos.

 

Não vou!

Não vou comentar as eleições. Não vou falar de política. Não vou dizer bem de uns e mal de outros. Não quero, não me apetece. Estou irritada. Sei lá eu! Não gosto de política. E fico louca da vida sempre que alguém me acha um ser do outro mundo, extraterrestre quem sabe, por preferir a contemplação de uma paisagem, dos animais e das plantas, ou deixar-me encantar com o sorriso franco de uma criança, que pouco ou nada tem a esconder. A política é incerta, falta, dúbia e cheia de armadilhas. Nunca se sabe o que é certo ou errado, quem está do nosso lado ou contra nós. É difícil, para mim, ter a sensação confortável de saber em quem posso confiar quando se fala em política. A natureza é o que é e as crianças também. Não há nada melhor! E com isto volto a dizer: não vou comentar as eleições! E ponto final sobre o assunto.

domingo, 22 de janeiro de 2006

Associação Caué

Foi criada uma nova Associação de Amigos de STP, desta vez em Barcelona: a “Associação Caué, Amigos de São Tomé e Príncipe”. Está a decorrer o processo de adesão de sócios entre as pessoas que mantêm ligações com o arquipélago, de forma a dar início às actividades de promoção do conhecimento sobre o país.

Orgulho e Preconceito

Há muito que não ia a ao cinema. E gosto muito de ver um filme no cinema. É um ritual: quando as luzes se apagam, quando as apresentações começam, quando é suposto que todos fiquem em silêncio para respeitar aquele momento único de deleite para os olhos e de sonho para a alma. E ontem fui ao cinema ver um filme simplesmente magnífico: nas interpretações e na realização; na fotografia e no guarda roupa; na adaptação do argumento de Jane Austen. O filme é Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice). A vontade que dá é que o filme não termine, que tenhamos a possibilidade de continuar a viver num clima de romantismo perfeito onde a ternura é a tónica dominante, acompanhada de valores de grande profundidade: a lealdade; a solidariedade; o respeito. Os sentimentos estão implícitos nos diálogos, nos olhares e em todos os gestos, desde os mais explícitos aos mais contidos. O filme é uma ode à amizade, ao amor puro e aos sentimentos verdadeiros que, por serem tão importantes, deliciam e fazem sonhar. Todos, ou pelo menos a maioria, gostaria de viver uma história assim. Em todos os sentidos...

sábado, 21 de janeiro de 2006

Reportagens fotográficas

Pedro Norton de Matos (2005)
Nuno Mendes (2004)
Tiago Grosso (2004)

O link de fotografias do Grupo “Caminhadas e Descoberta em STP” continua a ser actualizado com novos registos, novas perspectivas e novos olhares. Desta vez com reportagens de Tiago Grosso, Nuno Mendes e Pedro Norton de Matos. Registos que deslumbram os olhos, reconfortam a alma e... dão um aperto no coração, pelas saudades que criam. As fotografias são brilhantes, de grande qualidade e resultam de estadias e de vivências pessoais. Não deixem de passar por lá e de divulgar.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

Felicidade

Há notícias boas, excelentes, magníficas. Há acontecimentos que nos deixam um sorriso de orelha a orelha e cara de idiota durante umas boas e longas horas. Sentimo-nos levitar, voar para outras paragens com o vento na cara e os cabelos revoltos. É bom quando a vida se organiza e encontramos um caminho onde as pedras estão colocadas nos lugares certos. É “muito magnífico” quando sentimos que fazemos parte de um projecto, no qual temos um lugar bem definido e reconhecido. Finalmente... É motivo para dizer: que se vão as angústias e que dêem lugar aos sonhos realizáveis. Afinal, quem espera sempre alcança!!!

encontros e afastamentos

E, de repente, sem sabermos como, ou por que leque de razões, algumas pessoas deixam de nos aparecer e, com a mais tranquila das simplicidades, damo-nos conta de que perdemos todo o tipo de contacto com essas figuras que, em determinada altura, foram tão importantes nas nossas vidas. Deixamos de nos encontrar, porque ou eles definiram outras prioridades e urgências ou nós acabámos por nos orientar de outra forma. Sem percebermos porquê, em certas circunstâncias, a vida une as pessoas, acabando por separá-las, noutros contextos. E o afastamento não é apenas físico porque, com o tempo, avança para a esfera do subconsciente, tornando-se também evidente durante os sonhos, quando o inconsciente toma conta de nós, conduzindo-nos para locais e encontros involuntários. Um dia, sem querermos pensar muito, acabamos por perceber que o afastamento se deu e procuramos identificar as razões, mas a maioria das vezes não chegamos a encontrá-las...

Livro de Encantações



Lançamento da obra “Livro de Encantações”, da autoria de Ana Mafalda Leite, no próximo dia 27 de Janeiro pelas 18h30, na Biblioteca Orlando Ribeiro, antigo Solar da Nora (metro: Telheiras; autocarros 47, 67, 78). A apresentação será feita por Ana Paula Tavares e Celina Pereira cantará um poema.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

As minhas apresentações


Os slides estão... LINDOOOOOOS!!! Normalmente, o esforço resulta em compensação. Esta parte do trabalho está preparadíssima. Duas comunicações: dia 27 de Janeiro (Jornadas da ASPEA) e 31 de Janeiro (Encontro Internacional sobre conservação de tartarugas marinhas). Aqui ficam as capas para a posteridade... porque mais não posso revelar... E, agora que esta parte está pronta, vou passar para outras paragens!

domingo, 15 de janeiro de 2006

Memórias

Gosto de trabalhar ao som de música porque me vai embalando e levando, de forma suave ou nostálgica, até ao resultado desejado. Há músicas que são, para mim, tão inspiradoras que têm a fabulosa capacidade de, além de serem bonitas, rentabilizarem o meu trabalho. Uma delas é o Memory do Andrew Lloyd Webber, que relata a história de Grizabella, a gata glamorosa do CATS, musical também magnífico que é sempre bom relembrar. Acabei de ouvir uma excelente interpretação que passou agora na rádio e o meu coração voou para outras paragens, através dos registos da memória. Desta vez não de uma gata glamorosa mas da minha...

sábado, 14 de janeiro de 2006

Contemplação em final de tarde

Ao observar o bando de pássaros que voa, dançando numa coreografia bem organizada e cheia de sensibilidade, dou comigo a pensar que gostava de poder voar e contemplar mais de perto o céu, o horizonte, as árvores, os animais terrestres e até os Homens. A perspectiva dos pássaros é magnífica e privilegiada. Depois, e enquanto animo apresentações em powerpoint sobre educação ambiental em África, oiço um cão vizinho, que tem por dono um veterinário onde eu naturalmente nunca levaria um animal meu, num lamento tão sofrido que faz bradar os céus, tirando a paciência aos mais tolerantes. Como é possível que um animal emita sons confrangedores e tão sentidos. Ai... já falei com ele várias vezes: com o cão, porque o dono só pode ser uma pessoa intratável. Ao ouvir-me, cala-se, porque o que quer é companhia, mas quando regresso, recomeça na lamúria de quem se sente sozinho e abandonado numa fria tarde de sábado. O mar, lá ao longe, está tranquilo, denso e escuro, contrastando com um céu, que poderia ter sido pintado pelos deuses, que é como quem diz por mãos inspiradas: cinzento rosado com nuvens de todos os feitios possíveis e imaginários, paisagem que é quebrada apenas pelo esvoaçar dos pássaros, o bando dançarino que tanto me deslumbra e encanta...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

Pessoas diferentes

Há pessoas que merecem tudo de bom, o melhor que há, a realização de todos os sonhos, a possibilidade de alcançar todos os desejos, as melhores sensações e as emoções mais perfeitas, o imaginável e o impossível de prever no que à felicidade diz respeito. Aparentemente são pessoas como nós, mas nas mais pequenas acções revelam-se "Pessoas Extraordinárias", diferentes de qualquer outra. Inimitáveis. Inigualáveis. Incomparáveis. Pessoas destas há poucas e eu tive a sorte de ter nascido numa família com pessoas assim. Obrigada...!

É a vida

De vez em quando, e para variar um pouco da rotina tranquila do dia a dia, a vida torna-se numa tremenda complicação que parece não ter fim. É temporário e passageiro porque, se fosse sempre assim, certamente teria a sensação de viver em estado de loucura permanente, o que seria no mínimo muito pouco agradável. E contudo, viver é muito bom. Há mesmo quem diga que são estas complicações que dão colorido e paladar aos outros momentos mais tranquilos. Para ser franca, preferia viver a um ritmo mais estável, mas esta é a vida que tenho. Vá-se lá saber porquê. Um dia, quando estiver tranquila, ainda hei-de reflectir sobre os porquês.

Venturas e desventuras do meu Bogas

O meu Bogas está velhote e, nem por isso, gosto menos dele. Há carros assim, que nos marcam e com os quais ganhamos afectividade, humanizando-os um pouco. O meu Bogas tem-se portado bem e não me tem dado grandes problemas até à data. Há uns dias começou a fazer um barulhinho muito pouco simpático que eu, não percebendo nada de mecânica, achava que era simplesmente o tubo de escape roto. Não me preocupei muito, sabendo que tinha de lhe tratar daquela ferida, da qual ele se tinha começado a queixar. Mas como não pensei que fosse nada de grave, deixei a coisa andar um dia, e mais outro, e outro mais... conclusão, ontem, pela manhã, ia na A5 a caminho de Lisboa, porque tinha um dia de reuniões importantes e, como quase sempre nestes dias, qualquer coisa aconteceu.

Ouvi um barulho, como que de uma peça a cair, parei de imediato na berma, fui ver e... lá estava o tubo no chão. Brilhante, pensei. Saí vesti o coletinho verde, como cidadã cívica, e fui colocar o triângulo a uma distância que pensei ser a adequada, mas na berma e voltei para junto do Bogas. Quando cheguei ao carro, passou um daqueles camiões simpáticos, a velocidade de tal forma adequada que projectou o triângulo em voo. Eu nem podia acreditar no que via e, devo confessar, fiquei a maldizer os condutores que não se preocupam com uma mocinha, não loura, parada na berma da autoestrada de colete vestido e com ar de infeliz, stressada e cheia de frio, com medo de entrar para o carro por haver a desagradável probabilidade de levar com um qualquer menos prevenido. Bem, lá regressei para o colocar na posição certa: melhor do que nada, o voo do triângulo fez com que se partisse e ficasse desconjuntado, pondo à prova a minha fraca capacidade engenhosa de o manter direitinho durante o tempo que ali tivesse de permanecer.

Liguei para o ACP (ainda bem que existe!!!) e depois de ter alguma dificuldade em me fazer ouvir, dado o ruído que a velocidade dos carros provocava, o pedido de reboque ficou registado com a garantia do apoio demorar no máximo 30 minutos a chegar. Ao fim de algum tempo, lá consegui sair dali, depois do reboque ter chegado, seguido da minha mãe que, mais uma vez, me salvou de uma situação difícil, e consegui chegar à primeira reunião com cerca de meia hora de atraso e muito stress junto. Hoje, no final da manhã, acabei por saber o diagnóstico do Bogas: pior, muito pior do que eu poderia ter imaginado. Não, não foi o tubo de escape... foi mesmo o catalizador que se partiu, o que resulta num arranjo de 400 euros, e em demora até estar pronto porque a peça teve de ser encomendada para Espanha.

Bogas... estás a começar a dar-me que pensar... gosto tanto de ti, rapaz, mas em tão pouco tempo já foram 500 euros para a revisão, 600 euros para pneus e agora 400 euros para o catalizador... a coisa não está a correr bem para o teu lado na transição de 2005 para 2006...

 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Congresso LusoAfroBrasileiro de Ciências Sociais

IX CONGRESSO LUSO-AFRO-BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
LEMA: CIÊNCIAS SOCIAIS E OS DESAFIOS DAS SOCIEDADES EM DESENVOLVIMENTO
TEMA: DINÂMICAS, MUDANÇAS E DESENVOLVIMENTO NO SÉCULO XXI
ANGOLA, LUANDA, 28, 29 e 30 DE NOVEMBRO, 2006

Sob o Lema «Ciências Sociais e os Desafios das Sociedades em Desenvolvimento», a comunidade académica angolana tem o prazer de anunciar a realização do IX Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais em Angola, na cidade de Luanda, de 28 a 30 de Novembro de 2006.
O tema seleccionado para o IX Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais é: Dinâmicas, Mudanças e Desenvolvimento no Século XXI. A Organização do evento espera atrair a participação de mais de 1000 cientistas sociais provenientes de diferentes disciplinas das Ciências Sociais e Humanas de vários países de língua oficial portuguesa.
O Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais é um encontro bienal que reúne cientistas sociais dos países de língua oficial portuguesa (Portugal, Brasil, Cabo Verde, São Tome e Príncipe, Angola, Moçambique e Guine Bissau). Este importante encontro bienal teve início em 1990, sob os auspícios do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, tendo já sido realizado com sucesso em oito edições consecutivas em várias cidades diferentes (S. Paulo, Maputo, Lisboa, Rio de Janeiro, Porto), conquistando uma adesão crescente de especialistas das várias áreas das Ciências Sociais e Humanas.
O Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais constitui um momento de encontro, solidariedade, de diálogo aberto e de reflexão sobre os fenómenos sociais do mundo global em que vivemos e tem como principal objectivo a internacionalização das Ciências Sociais de expressão portuguesa, tanto no intercâmbio entre diferentes instituições, como no estreitamento das relações entre as comunidades académicas dos países da CPLP, visando o reforço cada vez mais dos laços que nos unem e que estimule a criação de novas redes e formas de cooperação científica e académica.
A Organização do IX Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais em Angola conta com uma participação ampla, envolvendo não só a Universidade Agostinho Neto (entidade suprema), mas também outras Universidades, instituições públicas e organizações da sociedade civil.
Os órgãos encarregues pela preparação e realização do IX Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências sociais são as seguintes:
Comissão Organizadora
Universidade Agostinho Neto (Faculdade de Economia, Faculdade de Direito, Faculdade de Letras e Ciências Sociais, Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda), Universidade Católica de Angola, Universidade Lusíada de Angola, Universidade Jean Piaget de Angola, Universidade Independente de Angola, Instituto Superior Privado de Angola, Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente, Associação de Psicólogos de Angola, Arquivo Histórico Nacional, Instituto de Línguas Nacionais, Sociedade Angolana de Sociologia, União dos Escritores Angolanos, Associação Angolana de Antropólogos e Sociólogos de Angola e Associação de Economistas Angolanos.

João Sebastião Teta (Coordenador) André Sango (Coordenador Adjunto), Agostinho Santos, Américo Kwononoka, Ana Maria de Oliveira, Artur Pestana Pepetela, Aurora Fonseca, Cornélio Caley, Eufrazina Maiato, Fátima Viegas, Fernando Pacheco, Fidel Reis, Hermenegildo Avelino, Joaquim Miguéis, padre José Imbamba, José Garcia Lencastre, José Octávio Serra Van-Duném, Julien Zanzala, Laurindo Vieira, Mário Pinto de Andrade, Pacavira Gonçalves, Paulo de Carvalho, Pedro Lupini, Rosa Cruz e Silva, Virgílio Coelho, Carlos Gomes, João Melo, Edvigen Sambo, Filipe Amado, Filomeno Viera Dias, João Serôdio, José Cerqueira, Luis Manuel da Costa, Vladimir Russo, Xavier Yambo, Zavoni Ntondo, Nsingui André, David Justino e Adriano Botelho de Vasconcelos.

Comissão Executiva: André Sango (Coordenador), Nsingui André (Secretário) Adriano Botelho de Vasconcelos, Ana Maria de Oliveira, Aurora Fonseca, Edvigen Sambo, Eufrazina Maiato, Fátima Viegas, Fernando Pacheco, Laurindo Vieira, José Octávio Serra Van-Duném, Carlos Gomes, Hermenegildo Avelino, Padre José Imbamba, Manuel Goncalves, Rosa Cruz e Silva e David Justino.

Comissão Científica: João Sebastião Teta, André Sango, Amélia Mingas, Boaventura de Sousa Santos, Brazão Mazula, Carlinhos Zassala, Carlos Cardoso, Carlos Espirito Santo, Carlos Lopes, Carlos Serra, Carlos Serrano, Elísio Estanque, Ennes Ferreira, Fernando Luis Machado, Francisco Soares, Fernando Mourão, Franz Heimer, Hermenegildo Avelino, Inocência Mata, José Imbamba, José Octávio Serra Van-Duném, Julien Zanzala, Margarida Ventura, Nelson Pestana, Paulo de Carvalho, Renato Lessa, Tereza Cruz e Silva, Víctor Kajibanga, Ivone Maggy, José Carlos Venancio, José Jaime Macuane, Manuel Villaverde Cabral, Michel Canhen, Peter Fry e Elisio Macamo.

As propostas de painéis escolhidos para o IX Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais são as seguintes:
Realidade social e perspectivas de desenvolvimento
. Países com estabilidade social
. Países pós-conflito.
. Governação e desenvolvimento
. Sociedade civil e desenvolvimento
. Guerra e paz
Urbanização e desenvolvimento humano
. Pobreza e exclusão social
. Desenvolvimento e poder local
. Estratificação social e classes sociais
. Economia informal e desenvolvimento
. Papel das autoridades tradicionais
Mercado de trabalho e desenvolvimento
. Valores e normas morais
. Valores morais em mudança
. Delinquência e outros desvios sociais .
. Tradição e modernidade
Saúde e desenvolvimento
. A sida e outras doenças de transmissão sexual - Percepção e realidade
. A malária e a doença do sono como entraves ao desenvolvimento.
. A medicina tradicional e o desenvolvimento
Diversidade cultural
. Multiculturalidade e desenvolvimento.
. O conhecimento da sociedade endógena.
. Comunidades rurais e desenvolvimento.
. Dinâmicas identitárias
Cidadania, migrações, Globalização e ComunidadesTransnacionais
. Sociedade civil
. Deslocações e marginalidade
. Integração e marginalização
. Diáspora e desenvolvimento
O Género e o desenvolvimento
. Família e sociedade
. Acesso ao mercado de trabalho
Criança, juventude e pessoa idosa
Sexualidade
A Religião e os desafios do desenvolvimento
. As religiões tradicionais e o desenvolvimento
. A expansão do Islamismo
. Novos movimentos religiosos
Relações internacionais e contextos regionais
. União Africana
. União Europeia
. Mercosul
. Organizações regionais – SADC-CDEAO-CPLP

. Políticas de cooperação e desenvolvimento
Línguas e desenvolvimento
. Multilinguismo
. Políticas linguísticas
. Línguas, linguagem e estratificação social
Educação e desenvolvimento
. Políticas educacionais
. Planos curriculares
. Ensino superior e saídas profissionais
Meios de comunicação social e desenvolvimento
. Rádio e televisão
. Imprensa
. Meios de comunicação locais
. A educação através dos meios de comunicação social
Novas tecnologias de informação
A arte e a literatura no desenvolvimento
. Arte e artesanato
. Ficção e literatura social
. Música popular vs Música erudita
Lazer
. Turismo
. Espaços objectivados
. Lazer e urbanização
Ecologia e meio ambiente
Colonização, descolonização e conhecimento: rupturas e persistências
Direito, democracia e transformação social
. Acesso ao direito e à justiça
. Transparência e boa governação
. O sistema judicial (organização, formação e poder judicial) . . .Pluralismo jurídico
. Justiças comunitárias
. Luta contra a corrupção

Apela-se aos cientistas sociais a opinarem sobre as propostas dos Painéis acima apresentados e a sugerirem outras propostas. Igualmente, estão abertas propostas para constituição de grupos de Sessões Temáticas, Redes e Grupos de Discussão.
Os cientistas sociais interessados em apresentar comunicações no IX Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais estão igualmente convidados a enviarem no endereço abaixo os resumos das suas comunicações para serem avaliados e aprovados pela Comissão Cientifica. Todos os resumos e propostas de painéis deverão ser enviados até o dia 30 de Abril de 2006. O resultado da avaliação dos resumos das comunicações e painéis propostos serão anunciadas no dia 30 de Junho de 2006. Os autores cujos resumos forem aprovados
pela Comissão Cientifica deverão remeter o texto final da comunicação até o dia 30 de Setembro de 2006

Secretariado do IX Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais
UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO,
Faculdade de Direito (Secretariado da Pós-Graduação),
Caixa Postal 1354,
Avenida Ho Chi Minh, Luanda, Angola,
Tel: 912217565/923565845 / 912-506974
E-mail: ixclabcs@yahoo.com.br
website: em construção


quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

Saudades de África, ou Nostaláfrica IV

Há uns dias alguém fazia este comentário a um post, em que eu tentava fazer um breve balanço: “Esta persistente sua saudade de África é natural ou adquirida? Pergunto, porque também sofro (?) dela.”. Eu prometi responder mas não tinha ainda encontrado tempo e espaço para o fazer de forma reflectida qb e sobretudo tranquila. Hoje também não me sobra muito tempo mas ganhei uma infinita vontade, talvez por estar com o pensamento em África por variadíssimas razões, entre as quais o trabalho que estou a desenvolver, e que é simplesmente MAGNÍFICO!!! E pelos tempos que se aproximam, de viagens e de muito trabalho em África, muito compensador do ponto de vista profissional e também pessoal.
Sinto nostalgia de África, é verdade, uma saudade dos muitos momentos de prazer, de lazer, da alegria implícita à maioria dos novos conhecimentos, da ternura e de outras emoções, umas contidas, outras retraídas e muitas exteriorizadas. Sinto vontade de repescar nos cantinhos da memória todos os momentos, até os menos bons e alguns dos maus: todos têm um significado especial para mim. África é um continente onde se vive e se sente. E a tomada de consciência de que todas as vivências nos ajudaram a ser o que somos hoje, é magnífica!
Cada sorriso teve uma razão de ser, as gargalhadas alegraram os dias e as noites, as lágrimas foram o resultado de emoções muito fortes, umas partilhadas e outras escondidas. Mas todas tiveram um simples significado: ali eu vivi! E hoje tenho a certeza da importância que aquele imenso continente, cheio de diversidade, tem para mim. Ao fim de tantos momentos, uns que quis guardar para sempre, e que, com o tempo, se revelaram pouco importantes, e outros, que quis esquecer com toda a força que tinha dentro de mim, mas que acabaram por me dar alguma maturidade e a fantástica capacidade de enfrentar as adversidades com tranquilidade.
Nas Áfricas por onde passei tive esperanças, criei expectativas, mudei de rumo e fiz opções. Aprendi muito sobre muitas e muitas coisas, sem sequer me dar conta disso. Nem sempre a aprendizagem teve que ver com turismo, ambiente ou metodologias participativas, mas antes com a enigmática natureza humana. Fiz amizades, algumas espero e creio que para a vida. Amei, mais do que devia, é certo, como quase sempre acontece quando esse sentimento surge, nem sempre sendo recíproco. Entristeci-me com as futilidades de avaliação que algumas pessoas fizeram dos outros e de mim mesma. Alegrei-me com a simplicidade do sorriso de uma criança ou de um cumprimento de um adulto, fosse homem ou mulher, que comigo se cruzava na rua a qualquer hora do dia ou da noite. Surpreendi-me e aprendi a apreciar as boas surpresas e a evitar, sempre que possível, as más.
Um dia, aqui há tempos, chamei-lhe a NOSTALÁFRICA (
aqui, aqui e aqui) e hoje reforço a ideia. Não creio que esta nostalgia seja completamente natural. Sinto-a como adquirida porque, cada incursão por África cria-me novas nostalgias, das vivências passadas e das que acabaram de ser realizadas. Fui adquirindo e aprofundando este sentimento, tal como fui aprendendo a gostar cada vez mais de África. Hoje gosto do espaço e das pessoas mais do que da primeira vez que de lá vim. Mas uma coisa é certa, hoje o meu gostar de África é bem mais consciente e esta é uma grande vantagem.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2006

A surpresa do Eugénio

O amigo Eugénio fez uma surpresa e divulgou o "Encontro Internacional sobre conservação das Tartarugas Marinhas", que terá lugar em São Tomé e Príncipe, o magnífico país onde todos os sonhos são possíveis, no final deste mês de Janeiro.
Mais do que a simples divulgação com texto, apresentou o evento com esta a lindíssima imagem. O voo da tartaruga.
Haverá alguma coisa mais bonita?

sábado, 7 de janeiro de 2006

Protecção da Tartaruga Marinha

Há uma coisa que me alegra e muito! A divulgação do ”I Encontro Internacional sobre a conservação das Tartarugas Marinhas”, que se realiza entre 30 de Janeiro e 3 de Fevereiro, está a correr bem: têm aparecido notícias em muitos jornais digitais: Notícias Lusófonas; Expresso África; Jornal.st; Jornal da Ciência. Vai ser um evento inédito e de grande importância para a preservação ambiental e a protecção de uma espécie animal muito antiga, com características próprias e que procura viver em paz: a tartaruga marinha. Há muito trabalho de sensibilização pela frente e a necessidade urgente de se encontrarem alternativas para os que, até hoje, têm feito da captura, consumo, transformação e comercialização desta espécie e seus derivados, um modo de vida.

 

O prolapso

Ter um prolapso pode resultar num divertimento ou numa tremenda chatice! Tem dias, como tantas outras coisas. Passo a explicar as duas possibilidades ou perspectivas de o encarar. É um divertimento sempre que, sem qualquer motivo, o coração arranca de forma acelerada para abrandar logo de seguida, dando a engraçada sensação de se viver, de forma ininterrupta, intensamente e a 1000 à hora, uma existência de emoções fortes. Qual amor, qual paixão, qual entusiasmos fortuito. Para que servem todos eles quando se tem um coração que pula em constante agitação? Não há paixão que dê uma sensação tão sequencial de batidas com ritmos diferenciados. Pode ser magnífica a sensação de se viver acompanhado, não só por um anisakis (ou serão vários???) mas também por um simpático prolapso, que jamais nos abandona ou nos deixa ter a desagradável noção de estarmos sós. Com um prolapso, a companhia é permanente e a ideia de estarmos a viver fortes emoções também. Pode ser uma alegria!

Mas também pode ser uma tremenda chatice quando a nossa vontade é gozarmos a tranquilidade e a calma da maturidade, sem emoções galopantes ou sentimentos arrebatados. Esses fazem sofrer de vez em quando e por isso, por vezes, apetece não os sentir. Com um prolapso é impossível viver de forma tranquila porque o coração dispara mesmo sem que à nossa frente apareça um Brad Pitt, ou um Pierce Brosnan, ou um George Clooney, ou um outro ser que, à partida, só existe na ficção ou em sonhos. E, nestas circunstâncias, a inconstância do coração revela-se uma chata, mesmo sabendo que é preciso aprender a viver com ela. Será que algum dia essa aprendizagem vai ser possível? É que esta companhia já cá anda há umas dezenas de anos, e nem por isso eu sou mais tolerante com ele!!! Dá até vontade de lhe perguntar porque é que não vai de férias até às Caraíbas, nem que seja por uns dias...

Recebi mais uma... distinção!!!!

Estou a ficar verdadeiramente “inchada” de tão contente e sorridente que nem me apetece mais parar de teclar! O África de Todos os Sonhos foi distinguido outra vez!!! E sabe tão bem!!! Desta vez foi o C.S.A. que me deu um dos prémios no Legendas e Etcaetera. É o Grande Atribuição de Pecados 2005 (6). Obrigada!!!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

Sobre os sonhos

A Helena do DIGITALIS tem uma sucessão de posts sonhadores, com imagem e poema, que são fantásticos. Às vezes também me sinto um pouco assim. Uma sonhadora solitária!

Uma conversa deliciosa

- Gi, quero brincar contigo!
- Brincar agora...?! Mas eu tenho de trabalhar... agora não posso. Brincamos depois, está bem? Olha, porque não vais ver o Canal Panda, ou o filme do Gato, ou o do Pato?
- Porque eu quero brincar contigo! Vamos brincar ao karaté...
- Ao karaté? Vais dar cabo de mim outra vez... e eu tenho de trabalhar...
- Mas oh Gi, tens sempre de trabalhar... porque é que não começas logo de manhã?

Switch off

Há dias em que apetece pensar e a nostalgia aparece e outros em que a nostalgia aparece sem querermos pensar. Há dias em que apetece apagar o pensamento, fazer switch off, desligar o botão, e ficar simplesmente assim. Sem pensar, sem sentir, sem querer. Apenas gozar a tranquilidade e afastar qualquer resquício de nostalgia que nos pudesse, mesmo hipoteticamente, atormentar a alma, a paciência e amarfanhar o coração. Como se fizéssemos um “chega pra lá” no que já não queremos mais. Mas para isso seria necessário que nos deixassem. Verdade?

"Dar música" ou dizer "Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser"

É bom ouvir alguém cantar para nós qualquer coisa com significado. É sentido? Talvez não! Mas quem canta não se importa com isso por estar certo de ser convincente. Dá vontade de dizer "não me dês música!", mas a única coisa que sai é um sorriso envergonhado. Há uma primeira vez para tudo, não é mesmo?
Eu sei que eu tenho um jeito
Meio estúpido de ser
E de dizer coisas que podem
Magoar e te ofender
Mas cada um tem o seu jeito
Todo próprio de amar
E de se defender
Você me acusa e só me preocupa
Agrava mais e mais a minha culpa
E eu faço e desfaço, contrafeito
O meu defeito é te amar demais.
Palavras são palavras
E a gente nem percebe
O que disse sem querer
E o que deixou pra depois
Mas o importante é perceber
Que a nossa vida em comum
Depende só e unicamente de nós dois
Eu tento achar um jeito pra explicar
Você bem que podia me aceitar
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
Mas é assim que eu sei te amar.
Roberto Carlos
Afinal, hoje é 6ª feira! E há quem diga que todos os Santos merecem descanso. Se eu mereço, não sei, mas certamente que Paz merecerei. Não fiz mal ninguém...!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

O "Rei Amador"

Há quem não goste de ouvir falar na história (estória?) do “Rei Amador” por ter sido transformado em herói nacional. Representa um símbolo para o povo santomense e é um elemento reforçador de identidades. Há quem grite e barafuste que não é mais do que um produto colonial. Até pode ser, mas enquanto se vai acreditando que efectivamente existiu, algures no final do século XVI (1595), ganha-se a força que o dia-a-dia tantas vezes retira. O “Rei Amador” é como o Dom Sebastião português. É um símbolo de esperança no reencontro, a certeza que um dia, quem sabe e sabe-se lá quando, a mudança será possível. É um sinal de força e de luta, do reconhecimento das características culturais, da possibilidade de libertar todos os cativos só por se ter auto-proclamado Rei de todos os santomenses, o que nos tempos que correm significa um lutador pelos direitos dos mais desfavorecidos.

Em São Tomé e Príncipe foi comemorado o dia 4 de Janeiro, que virou feriado nacional, homenageada a mítica figura histórica (apesar de negado e contrariado por alguns historiadores ocidentais) e erguido um busto em sua honra. Mais, as comemorações decorreram precisamente nos jardins do Arquivo Histórico. Coincidência, ironia ou simplesmente a tentativa de readquirir um sentido e de reforçar a identidade nacional? O que importa? Para o magnífico arquipélago, este foi um acontecimento nacional e o que conta é a valorização cultural e a continuidade da autonomia, tal como para qualquer povo, qualquer que seja a sua origem e o seu passado histórico. A História faz-se do reconhecimento do passado e também das acções do presente, dos contos relatados e dos mitos revalorizados porque o futuro será também, um dia, História.  

Contra o que muitos colegas defendem, eu confesso que a valorização e a divulgação do mito do Rei Amador não só não me choca como até lhe reconheço mérito (o que me tem custado algumas discussões mais acesas). Do ponto de vista cultural, dá força e reunifica um povo que, cada vez mais do ponto de vista político, está dividido, quando só tem motivos para se unir.

Parabéns São Tomé e Príncipe e, por favor, não deixem que os mitos desapareçam porque são social e culturalmente importantes representações simbólicas!

 

Encontro sobre Cooperação Portuguesa

Vai realizar-se o "Encontro sobra a Cooperação Portuguesa", na próxima segunda feira, dia 9 de Janeiro, pelas 17 horas.

A mesa é constituída pelo Presidente do CAD/OCDE, com sede em Paris, Richard Manning; pelo Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, João Gomes Cravinho; pela Deputada do Parlamento Europeu, Ana Gomes; pela Presidente da Plataforma de ONG Portuguesas, Fátima Proença.

Estando o processo de exame da Cooperação Portuguesa pelo CAD a meio, e tendo sido publicado em Diário da República de 22 de Dezembro a resolução do Conselho de Ministros sobre “Uma visão para a Cooperação”. Este promete ser um encontro interessante, é público e a entrada livre.

Desenvolvimento e Combate à Pobreza: o papel de Portugal e da União Europeia
Sala de Conferências do Edifício Novo da Assembleia da República
Palácio de S. Bento
Lisboa


Programa
Sessão de abertura - Dr. João Cravinho, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Ministério dos Negócios Estrangeiros

Painel de debate - Dr. Richard Manning, Director do Departamento de Cooperação para o Desenvolvimento da OCDE e Dra. Fátima Proença, Presidente da Plataforma Portuguesa das ONGs de Desenvolvimento

Encerramento - Ana Gomes, Deputada ao PE e Vice-Presidente da Sub-Comissão de Defesa do PE

Página com fotografias de STP actualizado

A página/blog destinada a divulgar imagens fotográficas de São Tomé e Príncipe, também gerida por mim, que privilegia paisagens, ambiente florestal e balnear, pessoas e muitos sorrisos, arquitectura com traços marcadamente coloniais, foi actualizada. Os últimos registos são da autoria do António Ferreira de Sousa, que tem contribuído com reportagens alargadas e de grande qualidade, mostrando de forma realista modos de vida, retratos do quotidiano e a beleza do arquipélago. Em breve serão introduzidos outros contributos de visitantes das ilhas misteriosas que tanto seduzem e encantam, deixando saudades.

terça-feira, 3 de janeiro de 2006

"Malambas" ou "palavras"

Há um novo espaço africano na net: um outro blog do Eugénio (Pululu), chamado “palavras” ou melhor “malambas”. Lindo, marca pelas imagens e pela escrita. Vale a visita.

Conferência Internacional sobre a Conservação das Tartarugas Marinhas

São Tomé e Príncipe organiza uma Conferência Internacional sobre a Conservação das Tartarugas Marinhas.

São Tomé – 3 Janeiro 2006 – Iniciativa pioneira em Africa Central, a primeira conferencia  internacional sobre a conservação das tartarugas marinhas em São Tomé e Príncipe promete reunir inúmeros especialistas para discutir sobre a investigação e conservação destas espécies.

São Tomé e Príncipe, país constituído por duas ilhas isoladas sobre o equador e a 300 km da Costa do Gabão, apresenta uma biodiversidade incrivelmente rica e possui a maior diversidade de espécies de tartarugas marinhas da região, com cinco que ocorrem nas suas águas e das quais 4 desovam entre Setembro a Abril. A ONG Santomense MARAPA, operadora do Programa de Protecção das Tartarugas Marinhas no arquipélago, é a responsável pela organização deste evento, a realizar nos dias 30 e 31 de Janeiro de 2006, na capital São Tomé.

Durante o curso do século 20, o comércio de produtos à base de tartaruga, a poluição marinha e a pesca industrial afectaram negativamente as populações de tartarugas marinhas ao nível mundial. Todos os especialistas estão de acordo com a afirmação de que estas espécies estão ameaçadas de extinção. Em São Tomé e Príncipe as tartarugas marinhas são maioritariamente consideradas como simples peixes e comercializadas internamente (carne e escamas). A pressão humana sobre as populações de tartarugas marinhas coloca estas espécies na lista das espécies mais ameaçadas no Golfo da Guiné, sendo urgente todos os esforços para a sua protecção.

A conferência internacional, no início deste novo ano, tem por objectivo sensibilizar a sociedade civil e as entidades governamentais sobre a importância da protecção das tartarugas marinhas no país, nomeadamente para a geração de actividades económicas dentro das zonas costeiras e marinhas, como é o caso do turismo da natureza, e a preservação dos recursos naturais nacionais. Para este efeito especialistas de renome internacional, de várias nacionalidades (França, Portugal, Gabão, Camarões, Moçambique, Brasil e Costa Rica), participarão no alerta à comunidade nacional e internacional sobre o perigo do desaparecimento destas espécies, propondo alternativas para minimizar as ameaças.

Para mais informações, por favor contactar a ONG MARAPA em São Tomé: marapa@cstome.net.

Contactos:

Rogério N. Lopes Ferreira, Biólogo Marinho

ONG MARAPA – Mar Ambiente e Pesca Artesanal

CP 292 S. Tomé – São Tomé e Príncipe

Tel./Fax: (239) 22 27 92 / 91 66 81

marapa@cstome.net / coriacea@gmail.com

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International Meeting on the Conservation of Sea Turtles.

São Tomé – 3 January 2006 – Pioneer initiative in Central Africa, the first international meeting on the conservation of sea turtles in São Tomé and Príncipe promises to gather numerous specialists to discuss about the future of the research and conservation of these species.

São Tomé and Príncipe, country made of two islands isolated over the equator at 300 km of Gabon coast, presents an incredible rich biodiversity and posses the biggest diversity of sea turtle species in the region, with five species occurring in its waters from of which 4 nest from September to April each year. The santomense NGO MARAPA, operator of the Sea Turtle Protection Program in the archipelago, is  responsible for the organization of this event, 30 to 31 January 2006, in the capital São Tomé.

During  the 20th century the commercialisation of sea turtle products, marine pollution and industrial fishing have negatively affected the sea turtle population on a world scale. Every specialist have agreed on the affirmation that sea turtles are threatened or endangered of extinction. In São Tomé e Príncipe sea turtles are considered fish and commercialised internally (meat and scales). The human pressure on the sea turtle populations puts this species on the list of the most vulnerable in Gulf of Guinea,  all the efforts being urgent for they protection.

The international conference, in the beginning of this new year, has as objective to convey awareness to  the civil society and government entities of the importance of the protection of sea turtles in the country, mainly to the creation of economic activities in coastal and marine areas, as is the case of the eco-tourism, and the preservation of the national natural resources. To this effect specialists from several nationalities will participate in order to alert  the national and international community about the danger of the disappearance  of these species, proposing alternatives to minimize the threats.

For more information, please contact the NGO MARAPA in São Tomé: marapa@cstome.net.

Contacts:

Rogerio N. Lopes Ferreira

ONG MARAPA – Mar Ambiente e Pesca Artesanal

CP 292 S. Tomé – São Tomé e Príncipe

Tel./Fax: (239) 22 27 92 / 91 66 81

marapa@cstome.net / coriacea@gmail.com

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Conférence Internationale sur la Conservation des Tortues Marines.

São Tomé – 3 janvier 2006 –  Initiative pionnière en Afrique Centrale, la première conférence internationale sur la conservation des Tortues Marines à São Tomé promet de réunir de nombreux experts pour discuter de l’avenir de cette espèce dans le Golfe de Guinée.

Petites îles oubliées sur l’équateur à 300 kilomètres des côtes du Gabon, São Tomé et Principe présente une biodiversité incroyablement riche et possède la plus grande diversité d’espèces de Tortues marines de la région, avec cinq espèces fréquentant ses eaux, dont quatre venant pondre sur ses plages de septembre à avril. L’ONG Santomeene MARAPA, déjà opératrice du Programme National de Protection des Tortues Marines dans l’Archipel sera en charge de l’organisation de cet événement prévu pour le 30 et 31 Janvier 2006 à la Capitale São Tomé.

Au cours du 20ème siècle, le commerce des produits à base de tortue, la pollution marine et la pêche industrielle ont profondément affecté les populations de tortues marines au niveau mondial. Tous les experts s’accordent à dire que les différentes espèces de tortues marines sont actuellement menacées d’extinction. A São Tomé et Principe, les tortues marines sont encore considérées comme de simples poissons et vendues sur les marchés pour la viande et les écailles. La pression humaine sur les populations de tortues marines place l’espèce au premier des espèces menacées dans le Golfe de Guinée.

La Conférence Internationale de janvier 2006 a pour objectif de sensibiliser la société civile et les entités gouvernementales sur l’importance de la protection des tortues marines dans le Pays, notamment pour le développement du tourisme, la génération d’activités économiques dans les zones côtières et la préservation des ressources halieutiques nationales. A cet effet, des experts de renom de tous les continents (France, Portugal, Gabon, Cameroun, Sénégal, Mozambique, Brésil, Costa Rica) interviendront pour alerter la communauté internationale sur les dangers de la disparition des espèces et proposer des alternatives.

Pour plus d’information, contactez l’ONG MARAPA à São Tomé : marapa@cstome.net

Contacts:

Rogerio N. Lopes Ferreira

ONG MARAPA – Mar Ambiente e Pesca Artesanal

CP 292 S. Tomé – São Tomé e Príncipe

Tel./Fax: (239) 22 27 92 / 91 66 81

marapa@cstome.net / coriacea@gmail.com

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domingo, 1 de janeiro de 2006

O regresso

Voltei! E, antes de mais, quero agradecer a todos os que por aqui passaram, enquanto eu descansava, dormia e passeava, e que deixaram comentários, questões, reflexões e desejos. Não pensei em abandonar este cantinho. Não o conseguiria, eu acho. Viciei-me no teclado, na transmissão de pensamentos e principalmente nos vossos comentários, que adoro!. Tudo isto faz parte de mim, o que é muito bom. Mas, às vezes, é preciso pararmos por uns dias. Não de escrever, nem de pensar, mas sim de teclar porque se torna pessoalmente urgente fazer um balanço do que temos sido, não só aqui mas na vida, e pensar o que queremos efectivamente ser daqui para a frente.

Nestes dias dormi (e estava a precisar), comi maravilhosamente bem (e dei de alimento ao anisakis, de forma controlada para que não me estragasse os dias), passeei (e soube bem ouvir o mar), dei pão aos pardais que vivem nas árvores à volta da casa onde estive (e foi muito agradável o contacto com a natureza, aliás como sempre), li (tinha um livro em atraso que me parecia infinito), reflecti (o tal balanço necessário) e pedi desejos (as incontornáveis aspirações segredadas ao ouvido do anjo da guarda, enquanto soavam as 12 badaladas e via quatro frentes de deslumbrante fogo de artifício). Enfim, recarreguei baterias e prometi a mim mesma ser melhor do que tenho sido. Comigo e com os outros. Mas sobre isso falarei depois.

2006 será um ano positivo. Aproveitem-no!!!

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...