quarta-feira, 25 de maio de 2005

Há coisas engraçadas, apesar de tudo...

Podia ter-me dado para melhor. Imaginem que, num serão de véspera de feriado, fui reler o historial de mensagens que troquei com alguém que, um dia, fez parte da minha vida, aqui há muito tempo e de forma fugaz, numa África distante, bem a sul do Equador, e à qual não regressei desde essa altura. Como é meu hábito nestas coisas dos afectos mal geridos, guardei as palavras trocadas nos diferentes momentos, com o único objectivo de um dia mais tarde as reler. Foi o que hoje fiz, e a culpa é da televisão que não se decide a cativar os caseiros como eu. E pronto, vim para o meu posto para me entreter e distrair um bocadinho do cansaço que me vai na alma e fui reler palavras trocadas e religiosamente guardadas entre papel e uma caixa de correio perdida nos cantinhos da net.

Quem ele foi não interessa, e quem ele é hoje muito menos. O que é importante é que o resultado não foi brilhante, o que se passou naquele curto espaço de tempo teve um final muito pouco feliz e as vivências possíveis não ultrapassaram as expectativas. As minhas, como é óbvio. Não chegou sequer a ser uma história de amor porque não passou de um entusiasmo criado em clima tropical e alimentado à distância via e-mail e, de quando em vez, por correio, através dos postais que ele me enviava dos locais por onde passava. Uma história moderna mas pouco proveitosa, portanto.

O engraçado de tudo isto é que, ao ler os e-mails trocados nas diversas fases pelas quais passámos desde que nos conhecemos, a sensação que fica é a de ter existido uma grande cumplicidade afectivo-emocional, marcada por intimidades, e do nosso efémero e condenado relacionamento ter sido muitíssimo profundo. Apesar do contexto, ainda há coisas engraçadas...

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...