terça-feira, 7 de setembro de 2004

Li e reli

Ontem, li e reli os mails que trocámos, os textos, frases e pensamentos que escrevi sobre ti. Para quê? Nem eu sei. Talvez para não mais me esquecer a forma como tudo começou, a rapidez com que avançámos um no outro e a brusquidão do fim, que me levou a mais uma travessia pelo deserto. Longa, longuíssima, duríssima e angustiante porque voluntariamente solitária.
Sim, guardei tudo desde há um bom número de anos e algumas folhas estão amarelecidas. Já pensaste que foi há muito tempo? E às vezes parece-me que foi há tão pouco... Mas o tempo ajudou-me a definir sentimentos, a distinguir as emoções dos impulsos, apesar de andarem tão naturalmente ligados.
Como é difícil por vezes distinguir o amor da paixão, esta da atracção e, por sua vez, do entusiasmo. Porque temos sempre tendência a misturar sentimentos, a confundi-los numa amálgama? Porquê? Porque tentamos sempre intelectualizar o que não tem razão para ser elaborado? Mais uma vez pergunto... porquê??? E a resposta é sempre uma: procuramos eternizar os momentos de prazer e de satisfação e se pensarmos muito sobre eles, teorizando e encontrando justificações fazemos com que se perpetuem na nossa memória.

Manual de sobrevivência em meios socialmente hostis

Presenciando cenas pela manhã bem cedo recordo uma pessoa que conheci em São Tomé e Príncipe há uma eternidade e de quem perdi o rasto há ...